RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
Elizangela de Moraes, 44 anos, disse que teve medo de morrer e se afogou com próprio sangue ao ser atingida por tiros na cabeça e pescoço, efetuados por policiais militares, após uma confusão próxima de uma espetaria em Sorriso (420 km de Cuiabá).
O ataque aconteceu na madrugada do dia 17 de janeiro.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
A revelação de Elizangela foi feita à irmã dela, E.D.C.M., 40 anos, que conseguiu entrar no Hospital Regional e falar com ela. O depoimento da irmã foi obtido em primeira mão pelo .
Segundo a irmã, Elizangela saiu do espetinho com o namorado e foram até um ponto de ônibus, porque no local estava tendo uma confusão. Eles foram seguidos pelos policiais que passaram a agredir o namorado da vítima, até o momento em que um dos agressores atirou.
“Esse mesmo rapaz que estava agredindo Osvaldo [namorado] efetuou um disparo de arma de fogo no rosto de Elizangela; Que após o disparo Elizangela achou que iria morrer e se deitou no local. Que estava perdendo muito sangue e se afogou. Logo em seguida chegou o corpo de bombeiros no local. Que Elizangela conta que em momento algum ficou inconsciente e que recorda de todos os fatos”, consta no depoimento da irmã, que conversou com a vítima.
Os soldados Ezio Sousa Dias e Weberth Batista Ribeiro foram presos logo após o crime. Câmeras de segurança registraram o momento das agressões e dos disparos.
RepórterMT/Reprodução
Soldados Ezio Sousa Dias e Weberth Batista Ribeiro estão presos.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Sorriso. A Polícia Militar também abriu processo contra os soldados. Um inquérito Civil também foi instaurado pelo Ministério Público para apurar o caso.
Em nota, a PM informou que os procedimentos instaurados contra os policiais são de natureza demissória.
“Diante da gravidade dos fatos, os procedimentos a serem instaurados deverão ser de natureza demissória fins avaliarem a permanência de ambos nas fileiras da Instituição”, cita trecho da nota.
Veja o vídeo