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Cuiabá, 06 de Maio de 2024
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12 de Novembro de 2019, 08h:30 - A | A

NACIONAL / 59 ANOS DE PRISÃO

Falso policial é condenado por ataques sexuais em série

Adson Muniz Santos nega crimes, mas recebeu penas que, somadas, chegam a quase 60 anos de prisão por violentar e roubar 9 vítimas em bairro nobre entre 2016 e 2017. Ele responde a mais 17 casos.

G1/SP



O falso policial que foi assunto nacional há alguns anos, ao ser preso sob suspeita de ter cometido uma série de ataques sexuais contra 26 mulheres em bairro nobre de São Paulo, acabou condenado pela Justiça por estuprar e roubar nove das vítimas. Cabe recurso.

Adson Muniz Santos recebeu penas que, somadas, totalizam 59 anos e oito meses de prisão em regime fechado pelos crimes praticados contra as mulheres entre os anos de 2016 e 2017. As informações são do Tribunal de Justiça (TJ) e da defesa do empresário, que sempre negou todas as acusações.

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Das nove condenações contra Adson, seis são por estupros, sendo que algumas delas ainda têm roubo, extorsão, sequestro e abuso de poder. As outras três condenações foram por importunação sexual, ameaça e falsidade ideológica. Adson ainda foi absolvido de uma acusação de estupro e teve ao menos um dos casos arquivados, segundo sua defesa

A reportagem confirmou que uma das condenações por estupros saiu em abril deste ano: ele recebeu pena de 9 anos por estupro e abuso de poder, crimes que teria cometido em 22 de dezembro de 2016 contra uma mulher na capital paulista.

Outra condenação foi confirmada em outubro de 2019: 18 anos e seis meses por estupro, roubo e extorsão. Adson foi acusado de atacar outra mulher nos Jardins, no dia 6 de outubro de 2017.

Defesa e acusação

 

À Justiça e à imprensa Adson sempre negou as acusações. Chegou inclusive e alegar transtorno mental e pediu tratamento para se “curar”. Por decisão da Justiça, ele passou por cinco exames psiquiátricos, mas todos os resultados dos testes o consideraram imputável, ou seja, tinha consciência da gravidade dos crimes quando os cometeu, sendo julgado posteriormente como um criminoso normal e não um doente mental. No segundo caso, se fosse considerado inimputável, ou seja, se não tivesse consciência dos seus atos, teria de receber tratamento num hospital psiquiátrico.

Procurado pelo G1, o advogado de Adson, Ariovaldo Stella Alves Filho, reforçou a versão de que seu cliente continua negando todos os crimes e que o sexo com as mulheres e dinheiro que pegava delas foram consentidos.

"Ele [Adson] alega que tudo o que acontecia de [o sexo com as mulheres e o dinheiro delas] era de forma voluntária", disse Ariovaldo. "Atualmente, o senhor Adson Muniz Santos não possui sentenças transitadas em julgado, ou seja, tecnicamente falando ainda é considerado inocente pelas imputações de crime ofertadas contra ele".

Ainda de acordo com o advogado de Adson, os recursos que a defesa impetrou nas instâncias superiores da Justiça poderão anular as condenações. "Acredito que a verdade real deve sempre ser apresentada, independente se será ao juiz ou ao público."

Segundo as acusações feitas pelo Ministério Público (MP) contra Adson, ele abordava as vítimas e cometia os crimes contra elas quase sempre da mesma maneira: se apresentando como policial federal e produtor de TV.

Para isso, de acordo com o MP, exibia credenciais falsas para ameaçar e enganar as mulheres. Depois, de acordo com a denúncia, mostrava uma arma, também falsa, para ameaça-las e obriga-las a fazer sexo com ele. Em seguida roubava seus celulares, relógios e joias. Ainda exigia que elas sacassem dinheiro em caixas eletrônicos e o dessem.

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