facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

13 de Outubro de 2019, 17h:55 - A | A

POLÍCIA / ENFERMEIRA ASSASSINADA

Polícia coleta provas e deve indiciar marido por espancamento, morte e ocultação de cadáver

As investigações começaram a avançar na última sexta-feira (11) com a prisão do esposo da vítima., Ronaldo Rosa. PM já confessou crime

KAROLLEN NADESKA
DA REDAÇÃO



O delegado Carlos Eduardo Muniz, que investiga o caso “Zuilda”, a enfermeira que foi morta e teve o corpo desovado em um bueiro em Sinop (501 km distante de Cuiabá), trabalha com a linha de investigação de que o empresário Ronaldo da Rosa, marido da vítima, e o policial militar, Marcos Vinicius Pereira Ricardi, funcionário da família, agiram mesmo em conluio para matar a enfermeira no dia no último dia 27.

O motivo do crime, entretanto, é outra incógnita dessa investigação.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

As investigações começaram a avançar na última sexta-feira (11), com a prisão efetiva do esposo de Zuilda Correia Rodrigues, de 43 anos. Ele estava escondido na casa de um amigo na cidade, no bairro Camping Clube. Mas a Polícia Civil montou campanha por mais de 10 horas no local e conseguiu prender o suposto assassino que havia comprado um carro de passeio para fugir da cidade.

Após isso, o delegado explicou que a investigação policial caminha para tentar corroborar a versão já confessada, com a apreensão de materiais indutivos do dia da cena do crime. O carro da vítima, uma SW4 escura é a principal prova material.

“A conclusão do homicídio é baseada até o momento na versão do outro envolvido. Como ele ficou em silêncio, agora caberá a nós verificar se essa versão já passada à polícia será corroborada pelas provas materiais. Ou seja, precisamos de elementos, técnicos para comprovar tudo aquilo que tem acontecido dentro do veículo SW4 preto”, explica Carlos Muniz.

O delegado afirma que a força-tarefa trabalhará incansavelmente para trazer “a verdade” sobre a morte da vítima.

“Faremos o possível para juntar todas as provas necessárias para a correta versão dos fatos”, ao mencionar o trabalho de inteligência técnica.

A tese de que Ronaldo tenha sido o mandante e parcialmente executor é confrontada com sua decisão de permanecer calado na delegacia.

Dessa, forma subtende-se que o suposto assassino tenha ‘assumido’ a culpa. 

“Ele cometeu diversas ações que demostraram que ele queria se furtar dessa ação”, acrescenta o delegado sobre a acusação de espancamento e ocultação de cadáver que pesam sobre o empresário. 

Além desses crimes, Ronaldo deverá responder judicialmente pela qualificadora feminicídio, que se enquadra no crime de homicídio. São tratados casos de feminicídio quando a pessoa é morta pelo simples fato de ser mulher. 

“Feminicídio. Porque, segundo a conclusão da equipe policial, a Zuilda foi morta pela sua condição de mulher, ou seja, caracteriza claramente o delito. E a ocultação, porque ele tentou desfazer desse cadáver”, afirma o delegado. 

O delegado afirmou que com a fuga do então autor ficou demostrado que o “álibi” do empresário era fraco, diante de um boletim de ocorrência em que ele registra sobre o desaparecimento da esposa. Tanto o marido quanto o PM devem ser indiciados pelos crimes de espancamento, homicídio doloso (quando há intenção de matar) e ocultação de cadáver. O marido ainda deve ser imdiciado por queixa falsa. 

"Quando a pessoa faz esse tipo de situação com tantas provas dentro do veículo, isso para mim não é frieza, é desespero. Demonstra que os criminosos não tiveram preocupação com o resultado do que fizeram", disse o delegado.

Comente esta notícia