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Cuiabá, 12 de Maio de 2024
12 de Maio de 2024

06 de Outubro de 2019, 07h:40 - A | A

GERAL / TRÂNSITO CUIABANO

Miguel Sutil e os problemas da rodovia que se tornou urbana

A população da região metropolitana tem sofrido com o engarrafamento e com a dificuldade de travessias a pé, na via.

MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO



A Avenida Miguel Sutil é uma via perimetral que contorna a cidade de Cuiabá. O local faz parte da BR-364, uma rodovia construída com recursos do Governo Federal, mas que acabou se tornando um trecho urbano devido ao crescimento da Capital.

A população da região metropolitana tem sofrido com o engarrafamento e com a dificuldade de travessias a pé, na via.

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O fluxo da avenida é de cerca de 6 mil carros por hora transitando. Apenas no trecho da rotatória do Santa Rosa, sem contar com os veículos que passam pelo 'mergulho', são cerca de 4 mil carros por hora, passando no local.

Ao , o arquiteto urbanista e mestre em engenharia dos transportes, Rafael Detoni, comenta que a Avenida Miguel Sutil virou um corredor de tráfego, um corredor metropolitano entre Cuiabá e Várzea Grande.

“Ela começa próxima a Avenida da Feb, em Várzea Grande, cruza a ponte Nova, em Cuiabá, circula pelo bairro Santa Rosa, pela região Oeste e Norte da Capital. Passa pela Avenida do CPA e chega ao seu final na Fernando Corrêa, no trecho duplicado”, explica Detoni.

“É um círcuito, quase um círculo fechado, por conta disso ela tem altas demandas, um volume de tráfego elevado, já que distribui as necessidades de Várzea Grande e Cuiabá”, continua.

Ao longo dos anos a Miguel Sutil vem ganhando rotatórias, radares e semáforos dos mais variados, com a intenção de dar fluidez ao trânsito. No entanto, os motoristas e pedestres sentem o efeito contrário das inciativas propostas pelo Poder Público.

Na última quarta-feira (2), os semáforos inteligentes da rotatória do Círculo Militar foram ligados, causando engarrafamento no trecho. A Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) argumentou que o equipamento está em fase de teste.

“A demanda é tão grande e relevante para a cidade, que os semáforos para pedestres em frente ao Supermercado Comper [região da Rodoviária] e do Santa Rosa Tower, os poucos segundos que param causam grandes filas de carros, em horário de pico. Isso faz com que leve de dois a três ciclos de semáforo para que os veículos passe”, argumenta.

O engenheiro de transportes, opina que a via precisa ser admitida como rodovia e que não cabe semaforização, existindo outros meios de dar agilidade ao trânsito e atender os pedestres.

Sobre as rotatórias, elas atende um fluxo de até 1.500 carros por hora, o que é inferior à circulação atual de toda a Avenida. Além disso, não há mais espaços para que sejam construídas.

“A demanda é tão grande e relevante para a cidade, que os semáforos para pedestres em frente ao Supermercado Comper [região da Rodoviária] e do Santa Rosa Tower, os poucos segundos que param causam grandes filas de carros, em horário de pico. Isso faz com que leve de dois a três ciclos de semáforo para que os veículos passe”, argumenta.

Questionado sobre como resolver os problemas, Rafael Detoni relata que o uso de trincheiras e viadutos promoveria a organização do trânsito. Na questão dos que andam a pé, as travessias por passarelas seriam uma opção.

“Costumo falar de forma lúdica, quando você não cruza a Miguel Sutil, você está nela”.

Detoni ainda alerta para a necessidade de construção de um viaduto no trecho do Centro de Eventos do Pantanal.

“Com a construção do Novo Pronto Socorro, atrás do Centro de Eventos, gerou um aumento no trânsito da região”, ressalta.

 

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