Silval se esquiva de responsabilidade e põe culpa no Consórcio VLT

RepórterMT

As fotos da auditoria mostram os vagões expostos ao tempo e com várias avarias de degradação.

MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO

Após a divulgação nacional do estado de degradação que vários dos 40 vagões do VLT, “estacionados” no pátio do consórcio do modal, esperando que a obra fique pronta, estão sofrendo, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) descartou que houve descuido de sua gestão e ressaltou em entrevista ao RepórterMT, que a empresa responsável tem o dever de entregar e manter os vagões em perfeito estado até cinco anos após a entrega da obra.

“A responsabilidade é da empresa, da construtora porque como é um RDC integrado que o consórcio tem que entregar a chave na mão  e depois de entregue tem cinco anos de garantia e os carros  têm durabilidade de 30 anos a media, cada um. Então, eu vejo se está danificando, ou estão deixando danificar, eu vejo que é responsabilidade da empresa”, declarou.

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Por meio de nota, o Consórcio VLT afirmou que as avarias apresentadas em reportagem veiculada no portal de notícias UOL, com base na descrição do relatório da Controladoria Geral do Estado (CGE), já eram de conhecimento do consórcio e da consorciada CAF Brasil (responsável pela fabricação dos trens) e que foram corrigidas à época da chegada dos vagões, antes de serem notificados pela gerenciadora, portando os problemas apontados não comprometerão a qualidade dos trens.

Nas fotos da auditoria, replicadas pelo site UOL, os vagões aparecem sem qualquer proteção, expostos à ação do tempo, com avarias aparentes como vidros das portas deslizantes trincados e problemas no material que fica entre as ligações dos vagões.

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O Consórcio VLT admite que seja de sua responsabilidade a guarda e manutenção dos trens, assim como sua entrega em perfeito estado de funcionamento ao governo do Estado, conforme o contrato previsto.

Muito criticado pelo governador Pedro taques (PDT), por ter adiantado a compra do material rodante (vagões e trilhos) enquanto a obra mal tinha saído do papel, o ex-governador Silval Barbosa justificou ao RepórterMT, que não teria sido incoerente, mas sim prejudicado pelo não cumprimento de prazos de empresas contratadas.

“A parte dos carros entregaram. A parte de todo o sistema foi entregue, a parte dos trilhos 100% foi entregue, só que a parte dos projetos como o RDC permite que vá construindo projetos ao longo da execução, ela não ficou pronta na hora certa. Então, os projetos acabaram atrasando a obra. Então, parte das empresas que estavam dentro, ou que estão dentro do contrato cumpriram o prazo e parte não cumpriram por causa dos projetos que lá na época não ficaram prontos na hora certa”, argumentou.

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O ESTADO

O secretário-controlador geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves, disse que a auditoria identificou indícios de omissão de autoridades do Estado em não adotar medidas efetivas que lhes competiam para penalizar o Consórcio Construtor do VLT logo nos primeiros sinais das inexecuções do contrato, em 2013, além de continuar realizando os pagamentos.

MEDIDAS 

O procurador-geral do Estado, Patrick Ayala, disse que vai acionar judicialmente todos os responsáveis pelos equívocos e prejuízos encontrados nas obras de mobilidade urbana de Cuiabá. A nova gestão do Governo do Estado está realizando auditorias de todos os projetos, que deverá ser finalizada no dia 28 de fevereiro.

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