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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
14 de Maio de 2024

31 de Dezembro de 2014, 22h:38 - A | A

GERAL / ANO NOVO, VELHOS PROBLEMAS

Saúde, Segurança e Educação; tudo o que o povo diz que quer para 2015

Brasileiros de várias partes do país que moram em Mato Grosso esperam que o próximo ano tenha mais avanços nessas áreas

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



O que esperar para 2015 nas áreas chaves de qualquer governo? Saúde, educação e segurança pública. Boa parte das pesquisas indicam que essas são algumas das principais preocupações do povo. Nas ruas de Cuiabá, o Repórter MT ouviu de cidadãos comuns um pouco do que eles gostariam de ver sendo executado como políticas públicas. O que eles dizem pode ser inspiração para os governantes.

 

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O aposentado Paulo Jardim, de 68 anos, acha que falta uma melhor atenção aos enfermos da saúde pública. Ele nunca precisou do Sistema Único de Saúde (SUS), mas se sente solidário a quem precisa.  Na segurança, tem fé que um governador que já foi procurador talvez conheça um caminho melhor contra a criminalidade. Ele se refere ao governador Pedro Taques (PDT). E faz um apelo. “Precisa de uma ação contra os sequestros relâmpagos, este é um problema porque a gente nunca sai tranquilo de casa”, reclama o idoso.

Na educação, para ele teria que mudar todo o modelo. “Estão dando muita ênfase ao aluno que pode tudo e o professor não pode nada”.

A professora Débora Siqueira, de 40 anos, também pensa assim. “A gente não reprovar o aluno que direito a tudo e o professor a nada. Não sei onde vamos chegar com isso”, lamenta.

A professora ainda destaca que, no campo da saúde, o nó é o pronto-socorro. “O atendimento é precário. O prédio está caindo aos pedaços. Essa semana mesmo eu ouvi na imprensa que caiu o telhado da UTI”, destaca.

Quanto a segurança na cidade, ela acha que a presenta do policial inibe o bandido. “Vai pensar duas vezes antes de cometer crime”. O medo de assalto, segundo ela, está muito. “A gente que usa o coletivo vê a situação como é. A gente sai de casa e não sabe se vai chegar vivo, isso é muito ruim”.

Tudo bem que policiamento é importante mas eles não devem ser violentos na abordagem. Esta é a opinião da recepcionista Edineia Melo de Oliveira, de 27 anos. “Gostaria que a polícia agisse, mas não com tanta violência igual eles fazem, porque hoje em dia eles estão pegando e estão matando”.

Para evitar o crime e a melhor formação das crianças, ela defende a escola integral, o que seria uma boa principalmente para as mães que trabalham. “Para mim mesmo é complicado, porque eu tenho que levar meus filho s de manhã e à tarde pagar alguém para ir busca-los, se tivesse escola integral seria melhor”.

O auxiliar de escritório, Jorge Júnior, de 31 anos, acha que tem muita coisa para melhorar. “Mas a gente fica à mercê desses governos então o melhor seria perguntar para eles, porque o cidadão espera e precisa”. Se ele pudesse mandar um recado aos governantes, que tanto critica, diria que o povo merece um pouco mais de respeito.

Uma mudança que ele gostou na educação e que sugere que continue assim é o sistema de matrículas virtual para as escolas públicas. “Isso evita aquele tumulto no começo de ano na porta das escolas”, diz ele, se referindo aos pais que chegam a acampar para garantir vaga para os filhos.

A dona de casa Josefa Rodrigues Brandão, de 57 anos, quer mais médicos, mais remédios e mais respeito. “Eu tenho uma policlínica perto da minha casa, um posto de saúde perto da minha casa, mas não tem médico, você vai lá e não encontra médico, para conseguir um exame às vezes você passa o ano inteiro e não consegue. Eu tinha vários exames para fazer mas tive que pagar tudo no particular porque não tinha condições de esperar, então está difícil. Os governos não estão fazendo nada na área de saúde”.

Sobre a criminalidade, ela lamenta que “o mundo está muito violento. As crianças hoje em dia, com 10, 12 anos, estão se envolvendo com drogas”. A dona de casa acredita que a polícia deveria focar no traficante e não no usuário. Mas, na visão dela, não é isso que ocorre.

Ela destaca que a violência chega às escolas. “Estão entrando e matando, os meninos e as meninas brigando na porta do colégio. E não tem segurança. Se professora zangar apanha também. Porque se um entrar para bater em alguém, os professores saem correndo e ganham muito pouco para estarem aguentando tanta coisa. “ 

Para o gari Valdemir Carlos de Oliveira, de 41 anos, o que mais está em falta mesmo é esperança. “Tem melhora para mais nada, acho que não, acabou, o Brasil não tem mais jeito”.

 

 

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