ALINE FRANCISCO
DA REDAÇÃO
Por enquanto, os médicos que acompanham o caso da menina Maria Clara, de 3 anos, que foi diagnosticada com hidrocefalia nos primeiros meses de vida, descartaram totalmente o retorno dela e do pai, Claudemir Dias, para a cidade de Alta Floresta, distante 774 km de Cuiabá, de onde moram.
De acordo com o pai da menina, os médicos pediram que a família permanecesse em Cuiabá por tempo indeterminado. “Eles disseram que é nossa casa deve ser aqui, por isso vamos ficar em Cuiabá, e descartar a volta para nossa antiga casa”, diz Claudemir, que continua morando em uma kitnet alugada próxima ao Hospital Geral.
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Claudemir disse ainda que a única angústia é com relação aos outros quatro filhos, que atualmente estão morando com a avó na cidade de Apiacás. “Eles estão morando com a minha mãe, mas gostaria que estivessem aqui junto de nós. Infelizmente, não temos espaço para receber todos, então vamos continuar separados por um tempo”.
Mesmo sem ter os filhos por perto, Claudemir comemora a melhora diária de Maria Clara, que continua em casa e só faz exames de rotina no Hospital Geral. “Ela está muito bem, graças a Deus não foi necessário colocar a sonda gastrostomia, ela está comendo muito bem, temos apenas que bater os alimentos no liquidificador”, explica. A sonda seria a ‘ligação direta’ com o estômago da criança, que até poucos meses se alimentava apenas com leite.
Maria Clara ainda terá que trocar a válvula responsável pela drenagem do líquido que se acumula no crânio da menina. “No dia 30 [outubro] vamos retornar ao médico para ver quando a válvula será trocada, até então continuamos na mesma situação”, explica.
A HISTÓRIA
Natural da cidade de Alta Floresta, distante 774 km de Cuiabá, Maria Clara teve a doença diagnosticada assim que completou três meses de vida. A criança, acompanhada pelos pais, veio para Cuiabá para realizar a primeira consulta médica. Ao serem informados do grande risco de morte, caso a menina fosse submetida ao procedimento cirúrgico, os pais, assustados, preferiram voltar para casa sem o tratamento adequado.
Dois anos e oito meses depois dessa consulta, a menina voltou à Capital e foi submetida à cirurgia para a implantação da válvula que seria responsável pela drenagem do líquido. Todo o procedimento foi realizado pelo médico neurologista Wilson Novaes.
Maria Clara continua morando em Cuiabá e não existe previsão de quando retornará a cidade natal.
O QUE É HIDROCEFALIA
Hidrocefalia é o acúmulo anormal e excessivo de líquido dentro dos ventrículos ou do espaço subaracnóidea. É tipicamente associado com dilatação ventricular e aumento da pressão intracraniana; pode ocorrer em crianças (diversas faixas etárias) ou adultos, tendo causas específicas.
Pode ser classificado como hidrocefalia comunicante ou não comunicante, dependendo da sua etiologia; outro termo utilizado é a hidrocefalia evacuo, quando relacionado com atrofia cerebral.
Hidrocéfalo não comunicante se refere à hidrocefalia que resulta de lesões que obstruem o sistema ventricular e hidrocéfalo comunicante se refere a lesões que afetam e obstruem o espaço subaracnóidea.
Causas:
Algumas causas de hidrocefalia infantil podem ser por obstrução liquida, tais como: glicose, cisto colóide, gliomas, craniofaringeomas, cistos de aracnoide, medulo blastomas, ependimomas, astrocitomas, tumores, estenose. (Fonte: ABC da Saúde Informações Médicas Ltda.)
AJUDA MÉDICA E DOAÇÕES
Claudemir abriu uma conta poupança na Caixa Econômica Federal (CEF) para receber ajuda financeira. Para colaborar com a família, os interessados podem fazer depósitos de qualquer quantia na Conta número 71451-7, operação 13, na Agência 1385. O telefone de contato de Claudemir é (66) 9239-5207, em Alta Floresta.
danielle 21/02/2015
Vocês tem alguma notícia de Maria Clara. RESP. Evoluiu pouco. Quadro ainda é grave.
1 comentários