MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
Os professores de Mato Grosso decidiram pela greve geral, a partir da próxima segunda-feira (27), por tempo indeterminado. A decisão foi tomada no final da tarde desta segunda-feira (20), durante assembleia da categoria no colégio estadual Presidente Médici, em Cuiabá.
Dos 141 municípios de Mato Grosso, 105 contaram com representação de lideranças durante o encontro, o que representa 75% de adesão à greve em todo Estado e 392 mil alunos podem ficar sem aulas.
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O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) informou que se até o início da próxima semana o Governo não apresentar nenhuma contraproposta, a greve será deflagrada de modo automático.
O principal ponto da pauta que emperrou a negociação entre o Governo e o Sintep foi o não cumprimento da lei estadual da “Dobra do Poder de Compra” (510/2013), que equipara o salário dos profissionais da Educação às demais carreiras do executivo estadual, de mesmo nível.
ReporterMT/Iza Faustino
Lideranças discutem rumos do movimento com os professores durante a assembleia geral
O Governo alega que no momento seria impossível atender a reinvindicação, por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), tendo em vista que Estado já extrapolou o limite orçamentário com folha salarial; podia gastar 49% e atualmente já está no patamar de 57,8%.
“O aumento de salário, neste momento, é impossível, principalmente sob o ponto de vista legal”, justifica o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra.
Na pauta de reinvindicação os professores também exigem condições de trabalho; infraestrutura das escolas; equipamentos pedagógicos; além da convocação para concurso público.
Após a aprovação da greve, os professores saíram em passeata pelas ruas de Cuiabá até a Praça Alencastro, no Centro da Cidade.
Atualmente Mato Grosso conta com 748 unidades de ensino da rede estadual, espalhadas pelos 141 municípios.
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