ANA ADÉLIA JÁCOMO E KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
De branco, os médicos em greve desde a última sexta-feira (10), fazem no início da tarde desta quarta-feira (15) uma manifestação na praça Alencastro, em frente à Prefeitura de Cuiabá.
O protesto é para a categoria reivindicar, publicamente, melhores condições de trabalho, segurança nas unidades de saúde, materiais para atendimento clínico e melhoria do piso salarial, que atualmente está firmado em R$ 1.200.
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A categoria resolveu cruzar os braços, mesmo contrariando decisão judicial que, a pedido da Procuradoria Geral de Cuiabá, já apontou a paralisação como ilegal, horas antes dela começar. O descumprimento da decisão implica ao Sindicato dos Médicos (Sindimed) multa diária de R$ 20 mil.
Os médicos alegam que a Prefeitura está retardando a negociação. A presidente do Sindimed, Eliana Siqueira, informa que uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça de Mato Grosso estava marcada para o próximo dia 17. “Conseguimos antecipá-la para o dia 15. Mas nesta data o prefeito alegou que viaja e no dia 17 quem não pode é a desembargadora e nós ficamos nessa situação de demora”, reclama a sindicalista.
"Eles não estão apenas descumprindo uma decisão judicial. Estão descumprindo o compromisso de dar assistência aos doentes”, critica o secretário.
A audiência foi remarcada para o dia 22 de abril, com a presença de magistrados representantes do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos.
A categoria médica afirma estar mantendo atendimentos de urgência e emergência nas Policlínicas e Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Morada do Ouro.
O secretário municipal de Comunicação, Kleber Lima, avisa que a Prefeitura de Cuiabá, vai representar criminalmente, por omissão de socorro, o Sindimed e os profissionais, individualmente, que não estiverem cumprindo a jornada, caso ocorra qualquer complicação com pacientes que procurarem a rede municipal de saúde.
“Nós vamos representar criminalmente contra o sindicato e os profissionais que deixarem de cumprir suas escalas em caso de agravamento de saúde de algum paciente, porque eles não estão apenas descumprindo uma decisão judicial. Estão descumprindo o compromisso de dar assistência aos doentes”, critica o secretário.
O secretário diz ainda que a Prefeitura não está retardando as negociações. “Isso não condiz com a verdade. A primeira verdade que eles não falam é que interromperam as negociações, entrando em greve. Quando você decreta greve, interrompe o diálogo. Então, a responsabilidade por essa situação de conflito é única e exclusiva deles”, opina Lima.
Na visão dele, a greve causa prejuízos à população. “Com a categoria em greve, só negociamos perante a justiça”.
Jorge Cintra 15/04/2015
O Governo está reforçando o policiamento na unidades de saúde, pois sabe que é revoltante a estrutura de saúde disponível pra população. Até quando vamos suporta isto? Pagando altos impostos, vendo os deputados aumentar as verbas mensal deles.
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