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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

28 de Março de 2016, 17h:45 - A | A

GERAL / CAOS NA SAÚDE

Prefeitura contrata novos médicos e corta salário e bonificações de grevistas

Boa parte dos 500 médicos da rede pública de Cuiabá não aderiu à greve; o desembargador Gilberto Giraldell julgou a greve como ilegal

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



A Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá já iniciou a contratação e o remanejamento de médicos para a reposição dos plantões que estejam descobertos por causa da greve da categoria, que está entrando na quarta semana, sem acordo entre as partes.

A decisão é do prefeito Mauro Mendes (PSB).

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Pelo menos 15 profissionais já foram contratados, podendo este numero chegar a 26.

De acordo com a Secretaria de Saúde, a partir desta segunda-feira (28), os faltosos terão seus salários, prêmios e incentivos cortados.

Boa parte dos 500 médicos da rede pública de Cuiabá não aderiu à greve, que iniciou dia 7 de março, porque, um dia antes de ser deflagrada, no final da tarde de um domingo (6), o desembargador plantonista Gilberto Giraldelli, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), julgou, liminarmente, que o movimento é ilegal. Mesmo assim o

Boa parte dos 500 médicos da rede pública de Cuiabá não aderiu à greve, que iniciou dia 7 de março, já que o movimento é ilegal, de acordo com a Justiça

Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) resolveu dar seguimento à paralisação por tempo indeterminando, mantendo 30% de atendimento.

O desembargador Gilberto Giraldelli, no despacho, disse que, atropelando a fase de diálogo, esta greve é uma “medida extrema” do sindicato da categoria e um “dano irreparável” para a coletividade.

Já os médicos grevistas reivindicam melhores condições de trabalho, pagamento de horas extras e implantação do piso nacional dos médicos que é de R$ 12.993 por 20 horas semanais. Em Cuiabá, o salário pago pela Prefeitura é de R$ 3.800, o que, segundo o sindicato, é o pior salário da categoria no Estado e tem afastado os interessados em prestar concurso público no município.

A Secretaria diz querer que os profissionais médicos “respeitem o Código de Ética Médica, que veda o não atendimento aos usuários nas unidades de urgência e emergência”.

O secretário adjunto de Assistência, Daoud Mohd Khamis Jaber, diz que fez levantamentos nas unidades de saúde e verificou que “apenas uma minoria ainda insiste em desacatar a decisão do TJ”.

O tentou falar com a presidente do Sindmed, Eliana Siqueira, mas não conseguiu até o fechamento desta matéria. A Assessoria Jurídica da entidade afirma que tanto a contratação quanto o remanejamento de médicos, durante uma greve, configuram atitudes anti-sindicais e que serão tomadas medidas legais cabíveis para evitar isso.

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