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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
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27 de Setembro de 2015, 14h:00 - A | A

GERAL / VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

'Namorados matam mais por não aceitar fim do romance ou ciúmes'

Presidente do Conselho da Mulher reclama da soberania masculina sobre a feminina e diz que delegacias especializadas estão se perdendo.

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



Diante de dois casos semelhantes, de adolescentes assassinadas por namorado e ex-namorado, que ocorreram esta semana em Mato Grosso, chocando o Estado, o procurou a presidente do Conselho Estadual de Direitos da Mulher, Rosana Barros, para uma análise sobre o aumento desses índices e os fatores que levam a esse comportamento criminal fatídico.

Segundo a presidente do Conselho de Direitos da Mulher, o que é possível de ter certeza é que os jovens estão reproduzindo cada vez mais cedo a prática da violência contra a mulher, com sentimento de posse do masculino sobre o feminino.

À reportagem Rosana afirma que maior parte dos assassinatos de namorados contra a mulher, em Mato Grosso, estão ocorrendo porque eles não aceitam terminar o namoro ou a conduta da companheira, mesmo quando ela não dá motivos para ciúmes.

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“Cada caso é um caso, mas todos são muito tristes”, comentou a presidente.

O Conselho não tem dados concretos indicativos de quantos desses assassinatos são provocados por namorados, mas para a presidente Rosana Barros, que também atua como defensora pública, afirma que o que é possível de ter certeza é que os jovens estão reproduzindo cada vez mais cedo a prática da violência contra a mulher, com sentimento de posse do masculino sobre o feminino.

OS CASOS

O último caso em MT foi o de Laryssa, assassinada pelo ex-namorado, que há 2 anos não aceitava o fim do relacionamento, com a jovem que jpa tinha até um filho fruto de outro romance. Ele a matou porque ela não quis reatar o namoro.

 

Pelo menos cinco casos semelhantes este ano envolveram namorados, suspeitos ou confessos de terem matado a parceira.

Na última terça-feira (22) Valmir Lucas, de 19 anos, assassinou a ex-namorada Laryssa Macedo Ramires, de 17 anos, em Porto dos Gaúchos. Segundo o próprio assassino o motivo do crime seria porque a jovem não quis reatar o romance, que eles haviam rompido há cerca de dois anos. Neste período Laryssa teve outro relacionamento e um filho de outro homem, mesmo assim Valmir a perseguia e ameaçava constantemente.

Após dois dias foragido, Valmir se entregou à Polícia de Juara, nesta quinta-feira (24) e confessou que matou laryssa com um tiro de arma artesanal. Ele continua preso e seria transferido para Porto dos Gaúchos.

O penúltimo marcou o final de semana. O dono de lava-jato em Peixoto de Azevedo, Paulo Henrique Souza, de 21 anos, admitiu à Polícia, que matou a namorada de 17 anos, Thajela Carolina, em Peixoto de Azevedo, mas alegou que o disparo teria sido acidental.  Conforme apurou o , ela era apaixonada por ele, mesmo assim havia indícios de que aconteciam cenas de violência dele contra ela, com uso de gravata inclusive, simulando enforcamento. Paulo Henrique que ficou mais de 48 foragido se apresentou, prestou depoimento, foi liberado pela Polícia, mas é novamente considerado foragido.

Em maio deste ano, em São José do Rio Claro, também no interior de Mato Grosso, outro namorado teria matado a estudante universitária Isabella Cazado, de 22 anos. O operador de máquinas agrícolas, Roni Santos, de 23 anos, está foragido desde o crime. No dia do crime, ele foi visto discutindo com a moça, conforme a polícia, na tentativa de evitar o fim do romance. “Eles entraram no carro e o suspeito teria levado a garota até a casa dele. Na frente da residência, a menina foi baleada no peito e na cabeça”, contou um policial civil ao na época do crime.

Isabella cursava o 9º semestre no campus da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) na cidade de Diamantino.

Um outro crime também repercutiu muito por envolver namorados tão jovens, de 13 anos e 14 anos.

Danielly Batista Corrêa, 13 , foi assassinada, em julho, com um golpe de canivete no pescoço por um adolescente, de 14, no município de Nova Mutum, também no interior de Mato Grosso. Ele confessou o crime e disse que tramou tudo.

O motivo da irritação do assassino foi que a menina “ficou” com ele e teria contado para outras amigas, chegando, como fofoca, à namorada dele.

FALTAM DELEGACIAS ESPECIALIZADAS

A presidente do Conselho da Mulher, Rosane Barros, destaca que estes casos continuam acontecendo também porque faltam delegacias especializadas.

“Das seis delegacias que eram especializadas, apenas uma, de Barra do Garças, continuou sendo. As outras tendem a se transforam em unidades da família, atendendo casos de idosos, adolescentes e crianças também. Acontece que dos crimes desta natureza 80% envolvem mulheres vítimas”, destaca ela.

PEÇA SOCORRO

A mulher em situação de risco de violência deve ligar para o 190 ou para o 180, que presta orientações sobre o que ela deve fazer. Esses números valem para capital e interior. 

 

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fabio 28/09/2015

O grande problema da violência contra a mulher hoje esta na burocracia do sistema. A mulher é violentada duas vezes uma pelo companheiro e a outro pelo sistema burocrático. Dados estatísticos comprovam que 95% dos crimes contra mulher todos já tinham pelo menos 5 Boletins de ocorrências confeccionados contra o agressor. Minha irmã fez mas de 10 BOs. e A justiça ainda tem a capacidade de colocar ela frente a frente com o agressor para uma audiência de conciliação. Estamos falando de agressão e não de discussão por partilhas de bens ou quem vai ficar com o Filho. A mulher é violentada precisa ficar faltando serviço varias vezes para ir a delegacia, sendo jogada de uma lado para outro. Criando arquivos de Boletins de Ocorrência e as vezes ainda ouve da escrivã que ameaças em Wthats não serve como prova. E ainda tem mais minhã irmã com medita protetiva varias vezes acionou a policia e a mesma não levou o agressor porque os policias ficam com dó do fdp que até chora na hora para não ser levado. A lei é bonita, mas na prátia a história é outra.

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