facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

18 de Fevereiro de 2019, 10h:00 - A | A

GERAL / COTA PARA NEGROS

MPF apura fraude na UFMT; Aluna branca e asiática se matriculou em Medicina

Nove estudantes brancos teriam ingressado na universidade usando o sistema cotas raciais, se declarando negros e alunos de escolas públicas

MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO



O Ministério Público Federal (MPF) abriu procedimento para investigar a denúncia de que nove estudantes se matricularam ilegalmente no Curso de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), por meio do sistema de cotas para negro e de alunos de escolas públicas.

A denúncia foi protocolada no último dia 31 de janeiro pelo ativista do movimento negro Vinicius Brasilino. Ele também denunciou o caso na Ouvidora da UFMT, que abriu também procedimento administrativo para verificar a procedência da denúncia.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

O MPF, de acordo com assessoria, ressaltou que a suposta fraude no sistema de contas raciais foi transformada em “Notícia de Fato”, e encaminhada “para o Ofício de Cidadania, onde a denúncia será apurada”. O procedimento é o primeiro passo antes de abrir inquérito para investigar mais afundo o caso.

Ao , Brasilino declarou que o recebimento da denúncia já era uma situação esperada pelo movimento negro. Reforçou que o caso é grave e que cabe agora às investigações das autoridades competentes confirmarem a situação.

Ao RepórterMT, Brasilino declarou que o recebimento da denúncia já era uma situação esperada pelo movimento negro. Reforçou que o caso é grave e que cabe agora às investigações das autoridades competentes confirmarem a situação.

Ele também aguarda a conclusão dos trabalhos de uma “comissão secreta” da UFMT que, na semana passada, convocou todos os estudantes denunciados para fazer a checagem “dos fenótipos”, quando a comissão verificou a cor e as características físicas dos denunciados.

Segundo Brasilino, quem não se enquadrar no que é estabelecido pelas cotas terá vaga indeferida pela UFMT, no entanto, o estudante ainda terá direito de recorrer do processo.

A denúncia ao MPF também contou com a participação do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, Conselho de Ações Afirmativas da UFMT, além de outros movimentos sociais.

Nas redes sociais, Brasilino postou fotos dos estudantes que, supostamente, teriam fraudado o sistema de cotas. Na lista dos candidatos que se declaram negros, pardos, indígenas, que independente da renda, estudaram o ensino médio em escolas públicas, consta o nome de uma jovem branca, com traços asiáticos.

Ele ressaltou também que tem sofrido ameaças por ter denunciado a suposta fraude.

“Mas eu não tenho medo de questionar, denunciar e tornar público. A sociedade precisa ver que isso. Não é brincadeira. Essa cota não é de conveniência é uma reparação histórica", enfatizou o ativista social. 

Leia mais:

Nove estudantes brancos teriam usado cotas para negros para ingressar na UFMT

 

Comente esta notícia

INDIGNAÇÃO 18/02/2019

Cotas raciais é uma coisa deplorável. Usar sistema de cotas pra entrar em universidade é se auto declarar incapaz de concorrer em pé de igualdade intelectual com os demais concorrentes. É atestado de atraso. A UFMT já foi melhor, hoje é só ladeira abaixo.

positivo
0
negativo
0

INDIGNAÇÃO 18/02/2019

Não guri, cotas raciais não tem nada haver com reparação histórica : é comodismo mesmo.

positivo
0
negativo
0

2 comentários

1 de 1