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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
14 de Maio de 2024

17 de Outubro de 2014, 15h:25 - A | A

GERAL / SUNSET BOULEVARD

Mesmo com protesto de moradores, Plaenge nega assistência às famílias

Direção da Plaenge pediu que os moradores elaborassem um orçamento com as respectivas despesas causadas pelo desalojamento, para levar aos diretores da Plaenge, na sede da empresa, na cidade de Londrina (PR).

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



A Construtora Plaenge negou arcar com os prejuízos de moradia e alimentação das 92 famílias desalojadas do edifício Sunset Boulevard, no bairro de classe média alta, Araés de Cuiabá, há três dias.

Após o curto circuito que atingiu a rede elétrica do prédio causando um incêndio que só foi contido 12 horas depois pelo Corpo de Bombeiros, causando a interdição do local.

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No entanto, segundo o advogado Bruno Castro, também morador do prédio, o diretor da construtora, Rogério Fabian, em uma reunião com representantes das famílias, na manhã desta sexta-feira (17), pediu que os moradores elaborassem um orçamento com as respectivas despesas causadas pelo desalojamento, para levar aos diretores da Plaenge, na sede da empresa, na cidade de Londrina (PR). Com isso, os diretores irão analisar os preços e ver a possibilidade de custear as despesas.

“Vamos elaborar esses orçamentos e entregar para a Plaenge. Eles (Construtora) nos disseram que até a próxima segunda-feira (20), às 14h, terão uma resposta se vão ou não nos ajudar”, destacou.

Já sobre a possibilidade de custear um auxílio médico aos moradores que tiveram problemas de saúde, devido à inalação da fumaça tóxica, causada pelo incêndio, Bruno disse que a Plaenge negou qualquer ajuda. “Chegamos a tratar o problema médico de algumas vítimas que estão hospitalizadas devido à inalação da fumaça preta, mas eles (Construtora) ficaram omissos”, destacou.

MANIFESTAÇÃO

Cerca de 100 pessoas realizaram uma carreata do Sunset Boulevard até a sede da Plaenge, na Avenida São Sebastião, em Cuiabá, na manhã desta sexta-feira (17). A manifestação provocou transtornos no trânsito.

Os moradores cobram que a Construtora os amparem, custeando despesas de alimentação e moradia. Segundo o advogado Wendel Rolis, as famílias estão tendo que ficar na casa de parentes, amigos e até desconhecidos.

O drama já foi mostrado pelo RepórterMT em uma matéria divulgada na quinta-feira (16), mostra a servidora pública Federal Maria Clara, que mora no 23º andar, que, até então, está sem nenhum tipo de assistência por parte da Plaenge (construtora do prédio). 

Clara disse que teve que deixar a filha de 7 anos na casa de parentes de colegas de trabalho e se hospedar na casa de uma pessoa que nem a conhecia. “A gente está contando com colegas que descobre que são amigos de trabalho. "Minha filha foi para uma casa, eu para outra e meu ‘cachorrinho’ para outra. Nos encontramos apenas no almoço, quando a levo para a escola”, destacou. 

A destruição foi por toda parte, todo o sistema de fiação foi destruído. O Edifício, considerado de alto padrão, foi construído pela Plaenge e entregue em 2002. 

O prédio está interditado e, só depois da perícia e de uma vistoria completa no sistema de fiação, será liberado para que os moradores voltem para os apartamentos. A situação interna dos imóveis é precária após o fogo. Muitos ficaram praticamente destruídos pela fuligem que se abateu sobre paredes e móveis.

Veja como foi o protesto:

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