CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), afirmou na manhã desta sexta-feira (11), que a venda da CAB Ambiental, detentora da concessionária de água e esgoto da capital, (CAB Cuiabá), ainda é “o melhor caminho”, uma vez que o município não tem condições de investir no sistema de água e esgoto.
O prefeito assegura que já tem em mãos um estudo jurídico, elaborado pela Controladoria do Município, e que tem mantido contato com o juiz responsável pelo processo de leilão no Rio de Janeiro.
Como o leilão que iria ocorrer na tarde desta quinta-feira (10), no Rio de Janeiro, acabou não ocorrendo, porque a única interessada na compra da CAB, desistiu do processo por não sentir segurança jurídica e financeira, Mendes não nega a possibilidade de intervir no controle da CAB, mas afirma que antes disso, precisa aguardar uma resposta da Aegea Saneamento, que desistiu de participar do leilão. O grupo quer garantias jurídicas de que não herdará as dívidas do Grupo Galvão, que está em recuperação judicial.
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O prefeito assegura que já tem em mãos um estudo jurídico, elaborado pela Controladoria do Município, e que tem mantido contato com o juiz responsável pelo processo de leilão no Rio de Janeiro. Mendes ainda não perdeu as esperanças de conseguir remarcar o leilão com as mudanças solicitadas pela Aegea, por isso afirmou que irá contatar o grupo empresarial “para saber realmente qual é a expectativa deles”.
Questionado sobre o que falta para fazer uma intervenção na controladora do serviço de água e esgoto da capital, o prefeito frisou que sua preocupação é não 'estragar o negócio'. “Eu não quero fazer nenhuma medida que possa atrapalhar o processo de venda”. Segundo o prefeito, qualquer pessoa que entenda um pouco do assunto, tem a mesma convicção de entregar a CAB para a iniciativa privada “pra ela fazer os investimentos”, uma vez que o município, nem o governo federal têm condições de investir nesse momento de crise.
Mendes ainda não perdeu as esperanças de conseguir remarcar o leilão com as mudanças solicitadas pela Aegea, por isso afirmou que irá contatar o grupo empresarial “para saber realmente qual é a expectativa deles”.
“A Sanecap ficou três anos com o município de Cuiabá e o grande legado é uma dívida de mais de R$ 200 milhões! Nós temos lá mais de R$ 200 milhões de dívida pra todos nós pagarmos!”, destacou em tom de indignação.
Sobre o fracasso do leilão desta quinta-feira, Mendes disse que está aguardando receber informações do Rio de Janeiro, e se disse prudente. “Pra quem já esperou seis meses, esperar dois ou três dias pra fazer tudo com calma, com prudência pra construir uma solução e não simplesmente ‘jogar pra galera’”, justificou o prazo de que até terça-feira (15) terá uma definição sobre o caso.
O prefeito, que ainda parece longe de rescindir o contrato com a CAB, aproveitou para criticar antigas gestões. “Não adianta fazer hoje uma ‘papagaiada’ como muitos já fizeram, costumeiramente alguns políticos fazem tentando enganar a população e depois não entregam resultado”. O prefeito afirma que rescindir um contrato não é um ato tão simples e que tudo deve ser feito com segurança jurídica. “Nós temos que pensar no dia seguinte”.