ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO
Com 148 anos de existência completados na última semana, o município de Várzea Grande vive um de seus piores momentos na história. Além do caos administrativo, a principal via de acesso à cidade, a Avenida da FEB, foi “rasgada” ao meio para implantação do VLT, modal que ainda não tem prazo oficial para rodar.
"Temos esse problema do VLT que, infelizmente, a nossa Avenida da FEB está totalmente com problemas de trânsito".
Após o prefeito eleito Walace Guimarães (PMDB) ser cassado, recém-empossada pela Justiça Eleitoral, a nova chefe do Executivo Lucimar Campos (DEM) afirmou que vai buscar do governo do Estado suporte para “resgatar a dignidade e o progresso” do município.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
“Precisamos trazer de volta o progresso à Várzea Grande e dignidade à nossa população. Temos esse problema do VLT que, infelizmente, a nossa Avenida da FEB está totalmente com problemas de trânsito. Iremos agora procurar trazer resoluções para essa situação”.
As obras foram completamente paralisadas há quase seis meses pelo governador Pedro Taques (PDT), que realiza auditorias. A via, que parte do Aeroporto Marechal Rondon (único que atende a Baixada Cuiabana) até região central de Cuiabá, apresenta blocos de concretos e trilhos instalados. Os motoristas precisam espremer os carros em estreitas faixas para circularem.
RepórterMT
Principal avenida da cidade está assim há meses
Em visita de cortesia à Prefeitura de Várzea Grande, o vice-governador Carlos Fávaro (PP) afirmou que Taques já determinou que o secretário de Cidades Eduardo Chiletto apresente planos de ação para a pavimentação da cidade. Ele disse também que o consórcio VLT Cuiabá já apresentou um cronograma financeiro para dar continuidade nas obras de implantação do modal.
“Esse cronograma está sendo avaliado pela Controladoria e pela Secretaria de Cidades. Vamos apresentar na Justiça os números que o Estado entende que são ideais, e aí, sim, vamos dar continuidade nessa obra importante”, disse Fávaro.
Segundo esse cronograma apresentado pela empresa, o VLT deve ser concluído até setembro de 2018. O Estado tem participado de audiências de conciliação na Justiça Federal, e firmou acordo que prevê a conclusão da obra em três etapas: a primeira no eixo Aeroporto/Porto; a segunda no eixo Centro/CPA; e a terceira no eixo Morro da Luz/Coxipó.
Um estudo que aborda a viabilidade do modal, bem como a tarifa que poderá ser praticada está sendo realizado pelo Gabinete de Projetos Estratégicos. O Consórcio afirma ainda que o Governo precisa pagar R$ 160 milhões atrasados referente aos meses de agosto, setembro e outubro. A obra do modal começou em agosto de 2012, orçada em R$ 1,4 bilhão.
