Grevistas lembram Operação Rêmora e lavam prédio da Secretaria de Educação

Divulgação

Manifestantes lavaram toda a fachada do prédio.

CELLY SILVA
DA REDAÇÃO

Servidores da Educação e de outras pastas realizaram uma lavagem na fachada do prédio da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), na manhã desta segunda-feira (20). O ato simbólico representa a insatisfação da categoria com as ações de corrupção em fraudes em licitações de obras da pasta, conforme revelou a operação Rêmora, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), no mês de maio.

Munidos com vassouras, rodos, bales com água, sabão e água sanitária, os manifestantes limparam os vidros e o chão da entrada do prédio. Ao mesmo tempo, dançavam ao som de músicas feitas especialmente para a greve pela RGA (revisão geral anual), que já dura 21 dias.

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Durante o protesto, o secretário de Educação Marco Marrafon chegou ao local para trabalhar. Ele conversou com os manifestantes e com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep), Henrique Lopes, que falou das reivindicações da categoria, que é contra as Parcerias Público Privadas (PPP’s), por entender que, além de ser o início de uma privatização, abre brechas para esquemas de corrupção.

O Sintep chegou a ser convidado para participar de uma comissão de avaliação sobre as PPP's, mas se mantém avesso ao processo desenvolvido pelo Estado e busca a realização de conferências com participação da sociedade, ao invés das audiências públicas propostas pela Seduc. Juntamente com o movimento "Primavera Secundarista" de estudantes que ocupam mais de 20 unidades escolares de Mato Grosso, o Sintep que tentar barrar as audiências públicas pois elas fazem parte do edital lançado pelo MT PAR para implantação das parcerias público privadas nas escolas.  

Depois do protesto na Seduc, os manifestantes fizeram uma passeata no Centro Político Administrativo, passando pelos prédios da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) e pela Assembleia Legislativa. Por onde passaram, os grevistas fizeram uma "limpeza geral". 

No período da tarde, os grevistas de várias categorias devem se concentrar em frente ao prédio do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária), onde os servidores ligados ao Sintap (Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal) já estão mantendo o prédio fechado desde o dia 6 de junho.