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Cuiabá, 14 de Maio de 2024
14 de Maio de 2024

02 de Fevereiro de 2016, 13h:55 - A | A

GERAL / IFMT DO BELA VISTA

Estudante teve que correr para escapar de estupro coletivo à luz do dia

Seis homens, depois da abordagem afirmaram que iriam estuprá-la; “Sofri algo insano, grotesco, nojento, pavoroso”, resumiu a estudante.

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



A estudante A.S., de 18 anos, escapou de um estupro coletivo, em plena luz do dia, nesta segunda-feira (1). O caso ocorreu em Cuiabá, às 14h20, quando ela voltava do almoço, uniformizada, caminhando na Avenida Juliano Costa Marques, em direção ao Instituto Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Bela Vista, onde estuda Engenharia de Alimentos.

“Sofri algo insano, grotesco, nojento, pavoroso”, resumiu a estudante.

De acordo com relato dela no Facebook, as agressões tiveram início quando ela passou por seis homens, que estavam sem camisa (apenas de bermuda). Eles começaram a assediá-la, com palavras de baixo calão, impublicáveis. Conforme a garota em alto e bom som eles afirmaramq ue iriam estuprá-la.  No relato, a estudante deixa claro que estaria com o corpo todo coberto, já que usava calça e blusa de manga longa, o que choca ainda mais, pois isso não fez diferença, porque era como se estivesse nua. “Sofri algo insano, grotesco, nojento, pavoroso”, resumiu a estudante.

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Segundo ela, sempre ignora esse tipo de abordagem e segue seu caminho, mas desta vez a situação foi bem além do esperado.

“Esses homens começaram a vir mais rápido atrás de mim (...). Imediatamente eu saí correndo e esses homens foram atrás de mim, mas graças à força de correr, tive a capacidade de conseguir chegar ao meu destino sem que algo pior acontecesse”, narra.

“Esses homens começaram a vir mais rápido atrás de mim (...). Imediatamente eu saí correndo e esses homens foram atrás de mim, mas graças à força de correr, tive a capacidade de conseguir chegar ao meu destino sem que algo pior acontecesse”, narra.

Assim que entrou na escola, ela ligou, em desespero, para o pai, que foi buscá-la e acionou a Polícia Militar.

A diretora do campus Bela Vista do IFMT, Suzana Aparecida da Silva, disse ao que não tem conhecimento do caso, mas se mostrou preocupada com a ocorrência. “Nossa, que situação”, lamentou. Ela afirma que a PM já foi ao campus para orientar os alunos contra investidas violentas na região, que abrange os bairros Bela Vista e Canjica, por exemplo, onde é alto o índice de criminalidade. Segundo a diretora, há vários relatos de alunos que foram assaltados em ônibus. “A gente alerta para não ficarem com celular na mão, fone no ouvido, para descerem no ponto, em frente à escola, e já entrar. Muitos pais levam os filhos até a porta e buscam, outros não têm como fazer isso. Pedimos sempre rondas e a Polícia solicita que todos registrem ocorrência, senão eles ficam sem estatísticas corretas”.

“Sentimentos de pavor, medo, angústia, predominaram dentro de mim. Até quando nós mulheres continuaremos sofrendo assédios? Até quando não seremos escutadas da maneira que merecemos?"

Assessoria

Rosana barros

Rosana Barros é presidente do Conselho da Mulher.

“A única forma de reduzir esses delitos sexuais é mostrando que a aplicação da lei é eficaz”

O tentou falar com a vítima, para saber do estado psicológico dela, 24 horas após o ocorrido, mas o celular dela estava desligado. No relato do Facebook, ela diz que o sentimento é de angústia.

“Sentimentos de pavor, medo, angústia, predominaram dentro de mim. Até quando nós mulheres continuaremos sofrendo assédios? Até quando não seremos escutadas da maneira que merecemos? Até quando a Justiça irá esperar o pior acontecer para algo ser feito? Não devemos de forma alguma nos calar, mesmo que o medo fale mais alto, mesmo que a falta de confiança esteja ali, devemos nos posicionar e procurar auxilio de alguma forma. E detalhe! A culpa não é da mulher” – desabafou.

A defensora pública e presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Rosana Leite Antunes de Barros, afirma que “a única forma de reduzir esses delitos sexuais é mostrando que a aplicação da lei é eficaz”, porque, na opinião dela, que estuda o tema, “o que faz com que esses delitos ainda persistam é a certa da impunidade”, em um país machista e patriarcal. 

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RODRIGO 02/02/2016

ja aconteceu estupro coletivo em cuiaba quando o porder publico vai acorda pra isso so quando uma mulher morrer pra começar investigar. por isso ta virando rotina.. acorda policia...

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1 comentários

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