Dono de bar explora o estacionamento da Arena Pantanal e cobra R$ 20 por carro

Assessoria

Projeto original do espaço inclui 2.831 vagas na área externa, que 300 mil metros quadrados

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO

Sem contrato ou licitação, um único empresário, identificado penas como José Maria, está explorando o serviço de estacionamento no entorno da Arena Pantanal, dentro do alambrado que cerca o estádio, em dias de jogos, cobrando até R$ 20 pela vaga.

Um torcedor denunciou ao RepórterMT que pagou este valor na última disputa que foi assistir na Arena Pantanal e guardou um recibo do estacionamento. O recibo rudimentar , onde motoristas anotam a placa do carro, informa que os prestadores do serviço não se responsabilizam por objetos dentro dos veículos.

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A Secretaria de Estado de Cidades (Secid), responsável pela gestão do estádio que ainda não está concluso, confirmou que não existe qualquer contrato assinado para a exploração do serviço de estacionamento e nem licitação. O serviço tem sido feito extraoficialmente, apesar do uso do espaço público. Segundo a Secid, a vaga no entorno da Arena não pode ser cobrada.

Todo serviço que substitui o público ou realizado em espaço público precisa ter contrato sacramentado ou licitação, quando envolve valor acima de R$ 8 mil.

Mediante a denúncia, o secretário de Cidades, Eduardo Chiletto, disse, através da Assessoria de Imprensa, que vai tomar as devidas providências.

O projeto original do estádio, construído para sediar quatro jogos da Copa do Mundo e que, depois disso, entrou na agenda do futebol local e nacional, inclui 2.831 vagas no estacionamento, localizadas na área externa, que é de 300 mil metros quadrados.

RpMT

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Além dos jogos, o entorno da Arena tem sido espaço de eventos esportivos, culturais, educativas e de entretenimento, já que, também de acordo com a proposta inicial do empreendimento, a intenção é que seja um espaço de múltiplo uso.

Mesmo que a Arena venha recebendo um público ainda abaixo do esperado, os jogos do campeonato estadual, que já terminou, atraíram em média 1.500 pessoas. Nas disputas de campeonatos nacionais, como a Copa do Brasil e o Brasileirão, a Arena recebe até mais de 12 mil pagantes. Isso quer dizer é que grande a procura por estacionamento na região, já que muitos vão de carro.

A Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) informou que não tem mais qualquer responsabilidade pela Arena, mas que a mesma pessoa que toca o estacionamento, também explora a lanchonete, na área interna.

Sobre a lanchonete, a Secid ficou de verificar se há um contrato assinado ou licitação, mas, até o fechamento desta matéria, ainda não havia repassado os esclarecimentos solicitados pelo RepórterMT.

À imprensa local, o presidente da FMF, Helmute  Laswich, ponderou, no final de 2014, quando a Federação cobrava R$ 15 a vaga, que este valor não seria tão baixo, mas que estaria abaixo da média cobrada em outros estádios brasileiros.

“Eu acho que o preço ainda não é pouco, sei que é um valor salgado”, comentou.

Quanto à lanchonete, nos dias de jogos, se limita a vender refrigerantes, água e bolachas salgadas industrializadas, no balcão e nas arquibancadas, com atendimento feito por ambulantes.