KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
O bebê Mikhael Cury Zangarini, de 1 ano e 7 meses, resfria demais no inverno. A mãe dele, Luciana Cury, conta que basta o tempo esfriar para a coriza aparecer no nariz.
Crianças e idosos são alvos mais comuns das chamadas doenças de inverno. Esta é a época em que síndromes respiratórias aumentam.
“Esta época é muito ruim para ele”, lamenta a mãe. “Ano passado, em julho, ele tinha só seis meses. O tempo esfriou e ele pegou uma gripe, que se prolongou e evoluiu para uma pneumonia. Meu bebê ficou cinco dias internado”, lembra.
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Rinite, bronquite e alergia. Tudo isso afeta Mikhael, que mora com a família no bairro Jardim Itália, em Cuiabá, e essas são algumas das síndromes respiratórias que combinam com o inverno. Além delas tem a pneumonia, que o bebê também pegou, asma, faringite, sinusite, coqueluche e o clássico resfriado.
Do outro lado da cidade, em um bairro de periferia, o Parque Geórgia, dona Didi, de 89 anos, sente muita falta de ar no inverno. Quando o tempo esfria ou oscila entre frio e quente os problemas respiratórios atacam.
Crianças e idosos são alvos mais comuns das chamadas doenças de inverno. Esta é a época em que síndromes respiratórias aumentam.
“Elas podem atingir todo mundo mas a faixa etária mais suscetível é realmente essa porque são as que têm mais vulnerabilidade, baixa defesa”, explica o médico Euze Carvalho, presidente da Sociedade de pediatria de Mato Grosso.
Luciana e o filho: não consegue evitar que ele resfrie.
“No caso das crianças, elas estão em processo de formação da sua defesa, ainda não tiveram contato com muitos dos germes e vão adquirindo imunidade. Também são suscetíveis à contaminação pela facilidade de ter contato com outras pessoas por exemplo em escola. No caso dos idosos, em geral eles também têm baixa imunidade, principalmente os acamados”, explica o médico.
O que faz com que essas doenças se proliferem nesta época é que com o frio a tendência é fechar tudo. “Geralmente as pessoas ficam em ambientes fechados com mais frequência”, destaca o médico. “É quando trocam germes pela boca e nariz, portas de entrada das doenças”.
Segundo ele, a luz do sol ajuda a eliminar bactérias e similares nos outros períodos mais ensolarados.
Um dos ícones da medicina no Brasil, o médico Drauzio Varella, desmistifica a preocupação com a friagem. Isso, segundo ele diz em artigo, é mito.
“Se friagem fizesse mal, a seleção natural certamente nos teria privado da companhia de suecos, noruegueses, canadenses, esquimós e de outros povos que enfrentam a tristeza diária de viver em lugares gelados”, assegura Varella.
Leia o artigo aqui.
"No caso das crianças, elas estão em processo de formação da sua defesa, ainda não teve contato com muitos dos germes e vão adquirindo imunidade. Também são suscetíveis à contaminação pela facilidade de ter contato com outras pessoas por exemplo em escola.
Algumas dicas para prevenir doenças respiratórias
- Sempre deixar o ambiente ventilado.
- Lavar as mãos freqüentemente durante todo o dia.
- Beber bastante água, mesmo sem sentir sede. Tomar 1 copo de suco de laranja por dia, todos os dias, porque ele é rico em vitamina C, que também melhora as defesas do organismo.
- Ingerir caldos mornos ricos em verduras e legumes.
- Etiqueta da tosse (tossir no punho e no dorso).
- Evitar o contato de crianças sadias com pessoas com infecção respiratória.
- Evitar o acúmulo de poeira em casa. Manter a casa e o local de trabalho livre de ácaros, tendo o cuidado de limpar tudo, retirando toda a poeira do chão, dos móveis e objetos, lavar regularmente tapetes e cortinas e trocar toda a roupa de cama 1 vez por semana.
- Lavar e secar ao sol mantas, cobertores e blusas de lã guardadas por muito tempo.
- Não fumar, não ficar perto de quem fuma e evitar permanecer em locais fechados com fumaça de cigarro.
- Tomar a vacina contra gripe todos os anos, antes do inverno chegar. Esta vacina é indicada especialmente para idosos e pacientes que sofrem de doenças crônicas, como asma, bronquite e sinusite, por exemplo.
Anderson Acendino/SES
Picada preventiva.
- Não levar os filhos com resfriado para a escola ou creche, pois além do repouso necessário para a recuperação, será evitado que a criança transmita o vírus para as outras crianças.
- Evitar multidões e locais fechados, mal ventilados porque tendem a acumular vírus, fungos e bactérias que podem ser prejudicais à saúde.
- Manter a umidade do ar porque isto facilita a respiração.