ANDRÉIA FONTES
DA REDAÇÃO
Buzinaço foi realizado no centro de Cuiabá hoje por comerciantes que pedem flexibilização nas medidas restritivas baixadas no município para impedir a disseminação do novo coronavírus. O novo decreto, assinado pelo prefeito na última sexta-feira e publicado no sábado, mantém todas as restrições, principalmente em relação a bares, restaurantes, templos religiosos, feiras livres e vendedores ambulantes.
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Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Cuiabá, Nelson Soares Júnior diz que respeita e entende a intenção do prefeito, mas que está criando um problema social “muito grave”. “É possível voltar ao mínimo da normalidade tomando todos os cuidados”, enfatiza.
Nelson destaca que as lojas de tecidos, por exemplo, estão abertas, embora o decreto proíba. Mas como há muita gente produzindo máscaras de tecido, conforme orientação do próprio Ministério da Saúde, as lojas abriram para atender os clientes.
Ele questiona pontos do decreto, como a determinação para que as conveniências fechem às 19h. “Os supermercados já estão fechando às 19h. Vai às 18h30 para ver quanta gente tem. Se as conveniências permanecessem abertas, seria uma opção para o consumidor”.
Ele ainda questiona a não prorrogação dos impostos por parte da prefeitura de Cuiabá. “Vamos continuar trabalhando para sensibilizar o prefeito. Cáceres, Sorriso, Sinop, Campo Grande, estão com o comércio todo funcionando. Porque um restaurante, por exemplo, não pode abrir com metade das mesas e mantendo a distância entre as pessoas?”, questiona.
Durante uma live no sábado, o prefeito afirmou que não adiantaria a realização de carreatas, lembrando inclusive que elas estão proibidas, nem pressões políticas e pessoais, que não abriria mão das medidas restritivas. Mas destacou que na próxima segunda-feira, dia 13, com base em dados técnicos, vai iniciar a elaboração de um plano estratégico de retomada gradativa das atividades econômicas na Capital.
