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Cuiabá, 06 de Maio de 2024
06 de Maio de 2024

10 de Agosto de 2020, 19h:32 - A | A

GERAL / MAL SÚBITO

Artista plástico Adir Sodré morre aos 58 anos após queda na calçada de casa

Pintor e desenhista, Adir Sodré foi um ícone das artes plásticas retratando a cultura regional

DA REDAÇÃO



Morreu no início da noite desta segunda-feira (10) o artista plástico Adir Sodré. As primeiras informações são que ele sofreu um traumatismo craniano após cair e bater a cabeça na calçada em frente de casa, em Cuiabá. Ele passou mal em frente a uma agência de publicidade. Após melhora foi andando para casa, mas passou mal novamente. Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ele teve um infarto.  

O local do velório do artista, que nasceu em Rondonópolis e tinha 58 anos, ainda não foi informado,

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“Infelizmente, perdemos um dos maiores nomes na nossa arte. Adir sempre demonstrou todo seu orgulho por Cuiabá em suas obra. Por meio de suas pinturas, Cuiabá foi transportada para outras cidades, estados e países. Além de um grande artista era uma pessoa muito querida. Nesse momento de dor, nosso desejo é de que o Senhor conforte os familiares, amigos e admiradores”, lamentou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro. 

“É uma imensa perda para a cultura mato-grossense. Um homem que sempre esteve além do seu tempo. Um artista com um potencial incrível e que teve sua arte reconhecida, não apenas em Mato Grosso, mas no Brasil e no Museu de Arte Moderna de Paris. Adir Sodré fará muita falta para a nossa cultura e para os amigos e familiares”, acrescentou o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Alberto Machado, o Beto Dois a Um. 

Trajetória

Um ícone das artes plásticas que retrata a cultura regional. Adir Sodré de Souza nasceu em Rondonópolis-MT, em 1962, e mudou-se para Cuiabá logo aos 15 anos de idade.

Pintor e desenhista, em 1977, frequentou o Ateliê Livre da Fundação Cultural de Mato Grosso, onde fora orientado por Humberto Espíndola (1943) e Dalva (1935).

Nos dois anos seguintes integrou, com Gervane de Paula e outros artistas, um grupo que procurou renovar a arte mato-grossense. Nessa época, participou de exposições coletivas organizadas pelo Museu de Arte e de Cultura Popular da Universidade Federal do Mato Grosso (MACP/UFMT).

Participou também, entre outras, das coletivas Como Vai Você, Geração 80?, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), Rio de Janeiro, em 1983, e Modernidade, Arte Brasileira no Século XX, no Museu de Arte Moderna de Paris, em 1987. Em sua produção aborda temas relacionados à cultura regional.

Adir Sodré foi um dos parceiros da Prefeitura de Cuiabá no projeto Cidade Viva, que possibilitou que o cinza do concreto armado de várias estruturas fosse transformado em um colorido que representa o povo cuiabano. O viaduto do Despraiado, por exemplo, foi um dos locais que recebeu o toque inspirado de Sodré.

Em Cuiabá, sua marca é encontrada em diferentes pontos da cidade. Com uma irreverência inconfundível, suas obras registram todo o regionalismo da tricentenária Capital. Também abordou em sua trajetória a sexualidade e uma temática de protesto com obras ligadas aos povos indígenas e a invasão causada pelo turismo em determinadas regiões do Brasil. 

O secretário municipal de Cultura, Francisco Vuolo, também lamentou a morte do artista. “Com imenso pesar recebo a notícia do falecimento de Adir Sodré, um das maiores referências da cultura em nossa história. A sua arte sempre será lembrada e que sua irreverência seja sinônimo de carinho, alegria e respeito para a inspiração da boa arte para as futuras gerações. Meus profundos sentimentos à todos familiares do nosso querido Adir ”, disse. 

 

 

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