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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
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18 de Junho de 2015, 17h:05 - A | A

GERAL / INSTINTO ASSASSINO

Aluno de 14 anos planeja e esfaqueia professora pelas costas em MT

O adolescente alegou que fez isso de caso pensado. Desde o ano passado, quando estava na sexta série, que ele estaria planejando uma vingança contra a professora.

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



Uma professora da rede municipal de Nova Bandeirantes, um município na região amazônica, ao Norte de Mato Grosso, levou uma facada nas costas de um aluno de 14 anos, em sala de aula, por motivo fútil.

A professora diz que não sabia bem o que estava acontecendo, que sentiu uma dor nas costas, mas não sabia se era um soco ou o que era, porque jamais poderia esperar uma facada em sala de aula.

A professora Adelair dos Santos Amaral, de 45 anos, sendo 25 na docência, conta que estava voltando do recreio, na última quinta-feira (11), quando o rapaz se aproximou e desferiu um golpe de canivete na altura do pulmão.

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“Tinha acabado de bater o sino do recreio, para a gente retornar para a sala e assim que eu entrei, mal coloquei o material na mesa e quando fui até a porta, para tirar a chave, ele me golpeou”, conta Adelair.

Os alunos, quando viram a cena se assustaram e foram correndo para o fundo da sala. As meninas começaram a chorar e se desesperar. Já a professora diz que não sabia bem o que estava acontecendo, que sentiu uma dor nas costas, mas não sabia se era um soco ou o que era, porque jamais poderia esperar uma facada em sala de aula.

Minutos após a ocorrência, o adolescente alegou que fez isso de caso pensado. Desde o ano passado, quando estava na sexta série, que ele estaria planejando uma vingança contra a professora, porque ela tirou das mãos dele um tubo de caneta esferográfica a qual ele estava usando para, com bolinhas pequenas de papel, ficar atirando contra os colegas, tumultuando a aula.

O adolescente alegou que fez isso de caso pensado. Desde o ano passado, quando estava na sexta série, que ele estaria planejando uma vingança contra a professora.

“Eu não sabia o que tinha acontecido,porque naquela manhã, naquela semana, neste ano, não tivemos nenhum conflito e muito menos naquele dia, nem se fala, nada aconteceu de anormal. Até então eu não conseguia ver o porquê da agressão, mas questionando, ele acabou falando. Eu perguntei: nossa, J., porque você está me agredindo assim? Ele alegou que eu tinha quebrado um lápis dele na marra. Ele falava assim: você não mexeu comigo, ano passado? Não quebrou uma caneta minha na marra? Aí eu recordei que, no ano passado, quando ele era meu aluno da sexta série, no meio do ano mais ou menos, de tanto os alunos reclamarem dele atirar com a caneta nas outras crianças, ficando só com o tubinho, amassando papel e atirando soprando nos colegas, eu chamei a atenção dele. Disse: para com isso J. e nada, para com isso J. e nada, várias vezes. Daí fui à carteira dele e tirei o tubinho e joguei no lixo.  Falei assim: já que você não vai parar com isso, me dá isso aqui” – conta a professora, dando detalhes do episódio de motivou essa agressão de agora.

Ele falava assim: você não mexeu comigo, ano passado? Não quebrou uma caneta minha na marra?

“No dia ele xingou  dentro de sala de aula, mas passou e eu continuei dando aula para ele até o final do ano e até semana passada”, diz a professora.

O corte ensanguentou a blusa dela, que levou dois pontos. Em seguida fez exames em um hospital em Alta Floresta, cidade mais próxima e que tem um pouco mais de estrutura hospitalar, para um diagnóstico mais preciso.

“A facada perfurou profundo, perto do pulmão, mas não chegou a perfurá-lo. Mas eu senti muita dor, até porque eu não tomei nenhum medicamento de imediato”, explica a vítima.

Adelair leciona Língua Portuguesa e Artes na Escola Municipal Ernesto Neiverth, que possui 570 estudantes.

A direção da escola suspendeu as aulas por dois dias, quinta e sexta passados, e mais três – segunda, terça e quarta - desta semana, para capacitação dos docentes. Nesta quinta-feira (18), teve uma aula especial, uma conversa com os alunos, sobre o ocorrido.

Após esfaquear a professora, o rapaz ficou detido por quatro dias. Teve audiência, na última segunda-feira (15), na qual ficou decidido que a avó do adolescente e que o estava criando, vai levá-lo de volta para a casa da mãe dele, em Sinop.

A escola providenciou a transferência do rapaz, que, de acordo com a Polícia, é usuário de drogas e “conhecido local” pelas infrações que comete.

A escola providenciou a transferência do rapaz, que, de acordo com a Polícia, é usuário de drogas e “conhecido local” pelas infrações que comete.

Adeleiar diz que ama lecionar e que não vai abandonar a profissão.

“Eu fiquei assustada e com medo. Sem entender muito no dia, mas agora caiu a ficha. A gente ouve muito comentário e estou sentindo que o meu psicológico está abalado. O corte em si está sarando, mas a cabeça está dando um nó”.

Sobre a docência, afirma que gosta de dar aulas desde criança. “Vou retornar à sala de aula com certeza, claro que sim. Esta é a profissão que escolhi para mim. É um prazer contribuir com o aprendizado dos meus alunos, vale a pena continuar sim. Não podemos deixar que um que perturba vença. O bem é que deve vencer o mal”.

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Joao 18/06/2015

É o fim da picada. Além de ganhar muito pouco, o professor tem que aguentar uns animais desses? Tem que prender esses filha da .....

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1 comentários

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