KAROLLEN NADESKA
DA REDAÇÃO
Reunidos em assembleia geral na tarde desta sexta-feira (09), os servidores da Educação votaram pelo fim da greve que dura quase três meses no Estado. A decisão ocorre, após o Governo ameaçar demitir servidores por abandono de cargo, já que a greve foi considerada ilegal pela Justiça.
Durante a assembleia, a maioria da categoria optou pelo retorno às atividades escolares a partir da próxima quarta-feira (14).
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Foram quatro abstenções e cerca de cinco votos contrários à manutenção do movimento 'paredista'. Em contrapartida, o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), também colocou em votação o estado de greve, que foi mantido.
No encontro, o ex-presidente do Sintep, Henrique Lopes do Nascimento, teceu várias críticas ao governador Mauro Mendes (DEM) por não atender as exigências da categoria e não cumprimento da Lei Complementar 510/2013 que propõe aumento de salários e, reajuste da Revisão Geral Anual, e reajuste de percentuais de carreira.
“Nós puxamos a corda até aonde deu, e nós temos a capacidade de resistir. Se tem alguém que tem que baixar a cabeça pra nós são eles”, em referência aos membros do Poder Executivo.
Na tarde de ontem (08), Mendes foi enfático ao declarar à imprensa, que não havia outra proposta para pôr fim ao movimento, devido o teto de 49% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Questionado sobre o alerta de demissão, por abandono de cargo, ele avisou: "Vamos cumprir a lei", declarou o democrata que avaliou ter nessa gestão a missão de consertar o Estado.
A greve
A greve dos servidores da Educação durou 75 dias. De lá para cá, a Corregedoria-Geral do Estado ingressou com uma liminar na Justiça tentando barrar a atitude do movimento, mas o pedido foi negado.
Posteriormente, no dia 30 de julho, a desembargadora Maria Erotides, julgou a greve como “abusiva” e determinou o retorno dos profissionais aos seus postos de trabalho no prazo de 72 horas, sob pena de multa no valor de R$ 150 mil por dia. Mas mesmo assim a paralisação foi mantida.
No entanto, a Corregedoria-Geral do Estado recomendou aos professores o retorno às salas de aula, tendo em vista a instauração de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que poderia ser instaurado por abandono de cargo. Diante disso, a secretária de Educação, Marioneide Angélica, afirmou que fazia um levantamento nas instituições de ensino para dessa forma notificar os servidores passíveis do afastamento.
Protesto de pais
Pais e responsáveis de alunos da escola estadual Souza Bandeira, localizada no Coxipó, em Cuiabá, parte do "Movimento fim da greve", se mobilizaram em ato de protesto na semana passada para reivindicar o direito de acesso à educação de seus filhos. Eles expuseram cartazes com dizeres de indgnação, pelo fato da greve já ter sido declarada ilegal pela Justiça e o sindicato resistir à decisão.
Flavio 10/08/2019
Mesmo depois de ser considerada ilegal, continuaram com a greve. Além de mostrarem o desrespeito às leis e a ordem, ainda ficou claro como essa classe não tem compromisso honesto com a educação. Sabemos que no meio destes, tem gente séria, mas há outros que vão à sala de aula, sentam, e pedem aos alunos fazerem resumo de conteúdo não lecionado. Esses sim, mereciam ser demitidos.
ademir 09/08/2019
Sindicato só atrapalha tem que acabar
joana 09/08/2019
pra fazer camiseta o sindicato tem dinheiro ne???? que paguem por todos os danos causados aos nossos filhos
Carlos Nunes 09/08/2019
Greve totalmente INÚTIL...deviam ter brigado só no Judiciário pra fazer cumprir a Lei aprovada pela Assembleia Legislativa, que garante o pagamento do aumento e do RGA. Hoje o imbróglio é saber O que vale MAIS: a LRF ou essa Lei Estadual. Esse negócio de Greve já tá ultrapassado...a sociedade não aceita mais. Quantos alunos podem perder o ENEM neste ano porque os Professores ficaram parados mais de 2 meses. Pais de alunos, alunos, insatisfeitos a beça. Afinal de contas a tal da LRF é pra ser cumprida? É ou não É?
4 comentários