MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
Com uma Polícia Judiciária Civil (PJC) que recebe muitos Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) do Ministério Público Estadual (MPE), o delegado Flávio Stringueta acabou sendo afastado do cargo de titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), após criticar em artigos a instituição.
Ao 
, o delegado diz que a falta de autonomia financeira faz com que a PJC se enfraqueça e fique refém.
“A Polícia Civil nunca teve autonomia financeira e o que deve estar vindo do Governo deve ser menos ainda devido à pandemia, então os TACs são muito importantes para a Polícia Civil. Acredito que ela se fez refém dos TACs e por conta disso está cometendo alguns equívocos, que estão enfraquecendo nossa categoria”, argumenta.
Stringueta afirma ser delegado por convicção e, não por acaso, e que por isso defende que a Polícia Civil tem que ser forte. Ele viu no seu afastamento da GCCO uma atitude de fraqueza.
“A Instituição acaba tendo que se submeter a algumas coisas que são, sim, prejudiciais à sociedade. A Polícia tem que ser forte, rígida, ter sua autonomia. Já imaginou se investigássemos o Governo e, por conta disso, o delegado-geral perdesse o cargo? Isso é fraqueza, não podemos ter isso, temos que ter uma polícia forte. Quando ela fica submetida à outra instituição como o Ministério Público que não é do Executivo, enfraquece e a sociedade é quem perde com isso”, pondera.
O delegado ainda apontou que a atual gestão não soube lidar com a crise e, na visão dele, tomou uma atitude precipitada. Stringueta conta que a motivação (da sua exoneração) informada para ele, durante conversa, foi o medo de perder futuros TACs.
Entenda
O delegado Flávio Stringueta escreveu um artigo no qual criticou a compra de Iphones pelo Ministério Público. Em seguida, ele acabou sendo exonerado do comando da GCCO, onde esteve por anos, por meio de uma decisão da Diretoria-Geral da PJC.
As palavras de Stringueta ecoaram, e tiveram todo apoio da sociedade cuiabana, a qual criticou muito seu afastamento, pois se sentiu representada em seu artigo. Consequente, ele escreveu um novo artigo criticando o “auxílio covid” e falando sobre sua exoneração.
Desta vez, ele teve uma resposta direta do chefe do MPE, José Antônio Borges, que veio a público rebater o delegado. Seguindo o bate e volta, Stringueta fez um novo artigo.
Atualmente, o delegado está de licença médica, fazendo tratamento para uma doença autoimune do qual é portador. Até o momento, a PJC não o remanejou para nenhuma unidade de polícia.
Veja entrevista completa:
Alberto 31/03/2021
Delegado, está precisando trabalhar mais e falar menos! Geralmente quem trabalha pra valer, não tem tanto tempo para se ocupar com polêmica...
Ricardo 30/03/2021
Caríssimo Cidadão FLÁVIO HENRIQUE STRINGUETA faço questão de escrever seu nome em letras maiúsculas, isso é o mínimo frente a sua envergadura e coragem ! Continuo contigo, apoiando e respeitando por sua coragem e hombridade, peço-lhe mais uma vez que não desista e nem arrede o pé de suas convicções, pois são as nossas também enquanto sociedade civil,ainda que desorganizada , contudo e como disse antes reintero, estou a sua disposição e posso garantir que milhares de outras pessoas também ! Afinal não vi sequer um comentário que não o apoia-se em seus artigos, isso demonstra que a sociedade está ao seu lado é só precisamos que nos convoque , afinal nem todos tem sua visibilidade , mas indignação com o MPE MT que senta sobre seus possíveis e suspeitos atos de corrupção e ataca (leia-se VI , ainda que para eles seja legal, para nós que não temos salários vultuosos como o deles , não é moral e nem legal ) outras instituições, temos sim coragem de nós levantar contra tudo isso para fazer alguma coisa no sentido de fiscalizar esse órgão que só fiscaliza mas não é fiscalizado por ninguém! Será FLÁVIO que podemos enquanto sociedade nos unir para como pagadores de impostos decidir o que o MPE pode ou não fazer com o nosso dinheiro? Aguardo sua resposta e também o convite para nos unirmos e lutarmos juntos contra essa e outras imoralidades! Abraços e muita força GUERREIRO!!!! Se não desistirmos , com certeza nossos filhos herdarão um país melhor !!!!! Não iria falar mais nada , mas na hora de confirmar que eu não era um robô (reCAPTCHA) pediram pra confirmar imagens de motocicletas, tenho certeza que é um sinal de que estamos no caminho certo rsrsrs
Maria Auxiliadora 30/03/2021
Nao é de agora que membros do MP usem seu poder de investigação para pressionar outros poderes a conceder regalias que outros não têm. Quando foi votada a PEC que restringia o poder de investigação do MP meus colegas e eu achamos um absurdo que essa prerrogativa fosse tirada o MP, achamos, na nossa ingenuidade, que eram os políticos corruptos que estavam por trás dessa PEC. Nao era e hoje vejo isso com muita clareza em um MP que chantageia outros poderes em troca de mordomias. Os promotores e procuradores assim como seus assessores estão trabalhando em casa, protegidos do vírus. Nada que este este procurador geral fisiologista diga vá convencer alguém que este auxílio covid é moralmente correto. Quanto ao iPhone, é imoral, pois há milhões de famílias brasileiras com crianças que se quer tem arroz em casa. Falta aos membros do MP o amor ao próximo e o respeito à res pública que tanto exigem dos seus alvos. Perseguir quem discorde do comportamento político do MP é coisa de DITADURA e parece que o MP vai aderir e apoiar se o presidente impor mais um golpe militar no lombo do brasileiro.
Eduardo 27/03/2021
Stringueta, seja forte, estamos com você meu caro, pode esperar que um dia esse povo que puniu o senhor será um dia punido, como diz o ditado popular "UM DIA DA CAÇA OUTRO DO CAÇADOR ". Diante todo esse trajeto, vejo o senhor um exemplo de servidor que trouxe muitas situações positivas para sociedade Cuiabana, porém a verdade doe muito e o senhor só disse a verdade.
4 comentários