MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo afirmou que a direção da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá vive pedindo dinheiro, mas nem ela sabe o quanto a unidade deve, visto a desorganização da administração, que não apresenta um plano “perene” para que recursos emergenciais sejam repassados e se torna sem credibilidade para qualquer socorro financeiro.
A crise financeira do mais tradicional hospital filantrópico do Estado foi debatida nesta semana, durante o programa Conexão Poder.
Na oportunidade, Figueiredo voltou a lembrar que apesar da pressão por repasses do Governo, a Santa Casa é uma empresa privada, com sócios e lucra com os atendimentos hospitalares.
“Sempre vai ter alguém que vai pagar essa conta e a Santa Casa não vai se organizar”, disse o secretário.
Segundo ele, a crise na Santa Casa é gerada pela falta de gestão eficiente, que teria se acostumado a ser socorrida financeiramente pelo Poder Público. Na entrevista ele comentou que no ano passado a Prefeitura de Cuiabá e o Governo do Estado repassaram R$ 3 milhões, cada um, para a unidade pagar funcionários e fornecedores, mas a situação voltou a estado de calamidade e o atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde foi interrompido no dia 11 de março.
“Sempre vai ter alguém que vai pagar essa conta e a Santa Casa não vai se organizar”.
Diante desse cenário, para o secretário, repassar dinheiro à direção da Santa Casa, sem um plano operacional, seria um desperdício.
“Tem credor que é sócio do hospital e não poderia ser e tem sócio que exerce função remunerada, que também não poderia ter".
Reforça que o Governo do Estado e Federal estão há mais de 20 dias esperando um plano e a apresentação do balancete das contas do hospital, mas que até o momento a direção não repassou nenhuma informação precisa sobre a real dívida da Santa Casa, estimada em R$ 100 milhões.
“Tem credor que é sócio do hospital e não poderia ser e tem sócio que exerce função remunerada, que também não poderia ter. Portanto, o Governo do Estado e o Governo Federal exigem uma gestão profissionalizada, se a Santa Casa não fizer isso não vai ter recursos”, pontou.
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