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Cuiabá, 13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024

10 de Outubro de 2011, 10h:39 - A | A

CIDADES / PEC-G

UFMT anuncia que vai rever entrada de novos estrangeiros

Fato ocorrido com estudante africano fez com que instituição ‘fechasse para balanço’

DIÁRIO DE CUIABÁ



Atualmente, 13 pessoas estudam na Universidade Federal de Mato Grosso pelo Programa Estudante-Convênio de Graduação, uma parceria dos ministérios da Educação e das Relações Exteriores. A universidade receberia novos 35 alunos, mas está fechada para balanço.

De acordo com o assessor de relações internacionais da UFMT, Paulo Teixeira, com a morte do estudante Toni Bernardo da Silva, 27 anos, assassinado no restaurante Rola Papo, em Cuiabá, a instituição está fazendo uma avaliação do PEC-G. “O objetivo é aprimorar o programa”.

Contudo, ele pontuou também que estão estudando as reivindicações dos alunos do PEC-G e, caso não exista forma de cumprimento das solicitações para melhoria, não está totalmente descartada a possibilidade de a UFMT sair do Programa.

Os aluno do PEC-G pedem maior proximidade e acompanhamento; permanência e assistências médica, além de maior comprometimento com as datas de entrega da bolsa Promissaes. Por outro lado, o assessor defendeu que os estudantes estão sendo bem acompanhados no processo. “Sob o ponto de vista do convênio, fazemos muito mais”, disse, referindo-se ao fato de, segundo ele, a UFMT se doar em níveis acima do que é previsto no documento que regulamenta o PEC-G.

Durante o período no Brasil, os estudantes têm garantidos atendimentos farmacêutico, odontológico e médico do Sistema Único de Saúde. De forma geral, eles têm que se manter no Brasil como comprovaram ao entrar no Programa. Fica sob a responsabilidade dos estudantes o custeio de aluguel, da alimentação e de outros. De acordo com Paulo Teixeira, porém, todos os alunos do PEC-G acabam conseguindo uma das duas bolsas voltadas ao Programa, que tem o valor de um salário mínimo. Ele explicou que a UFMT acompanha os estudantes quando estão procurando casa para alugar ou indo ao médico, mas reforçou que essa obrigação nem está prevista no Protocolo do PEC-G.

Para o professor Paulo Teixeira, o Programa é importante porque os estudantes poderão futuramente contribuir para que haja uma relação amistosa entre os países participantes e porque se trata de uma cooperação internacional envolvendo “sul e sul” do Globo. Ele disse também que para os alunos brasileiros da instituição é importante conviver com pessoas de outros países estabelecendo trocas culturais.

Paulo Teixeira explicou que o Programa faz um trabalho de cooperação entre países. “Não é inclusão social como dizem por aí”. As universidades parceiras no Brasil disponibilizam vagas anualmente para receber os estudantes. Cerca de 40 países mandam estudantes para o Brasil, para estudarem nessas instituições. Na UFMT estão cursando Administração, Letras, Nutrição e Serviço Social.

As ações de cooperação do PEC-G são voltadas preferencialmente para países em desenvolvimento. Inclui, atualmente países da América Latina, do Continente Africano e da Malásia. Sendo que a UFMT possui em seu corpo discente estudantes da África – Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe – e da América – Costa Rica e do Haiti. Um dos critérios básicos para seleção é o domínio da língua portuguesa.

Ao contrário de outros Programas e convênios da universidade, o PEC-G não permite que estudantes brasileiros estudem nos países participantes. O governo brasileiro estabelece que irá, com o PEC-G, receber estudantes e não mandar pessoas do Brasil para o exterior.

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