INARA FONSECA 16h
DA REDAÇÃO
Cerca de 200 profissionais de enfermagem estão neste momento protestando em frente ao Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso (MPT/MT). O movimento aguarda o líder do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen), Dejamir Soares, que está negociando com os diretores e administradores dos hospitais São Matheus, Jardim Cuiabá e outros sobre reajuste no piso salarial da categoria.
De acordo com Fabrícia Tavares dos Santos, técnica em enfermagem no hospital Jardim Cuiabá, os diretores se negam a conceder aumento de R$ 100 para categoria. "Eles alegam que não têm condições de aumentar o nosso salário, mas têm para comprar fazendas e construir novos prédios?", questionou a técnica.
Os técnicos e enfermeiros estão em greve há cinco dias, apenas os hospitais particulares foram afetados. Com a paralisação, aproximadamente 1500 cirurgias foram canceladas. A greve também atinge os centros de hemodiálise.
Para a categoria, a desvalorização do profissional de enfermagem atinge toda a população, já que devido a má remuneração, os técnicos e enfermeiros precisam trabalhar dois turnos, em alguns caso, três.
"Nós corremos risco e a população também. Mas não pode ser diferente, somos mães precisamos sustentar nossas famílias. Então, o jeito é trabalhar em mais de um lugar", afirmou indignada Fabrícia Tavares.
O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem (Sinpen) requer salário de R$ 700 para os auxiliares de enfermagem, R$ 900 para os técnicos e R$ 1,7 mil para os enfermeiros. Além do acréscimo de R$ 100 para cesta básica. A contra proposta do Sindessmat (Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso) é aumento de R$ 30 para auxiliares de enfermagem, R$ para técnico e R$ 70,75 para enfermeiros. No caso das cestas básicas, o Sindessmat propõe acréscimo de R$ 5.