MAYARA MICHELS 17h55
DA REDAÇÃO
Em Mato Grosso, 23 mil pessoas cadastradas recebem medicamentos de alto custo fornecidos pelo Estado. Apenas uma farmácia especializada atende os 141 municípios mato-grossenses. Para tentar resolver a situação, o governo repassou a distribuição e aquisição desses medicamentos a uma Organização Social no mês de agosto. Mas a reclamação é geral sobre os serviços prestados.
Orçado em R$ 585 mil por mês pelo serviço, o novo administrador dos remédios, é a mesma que gerencia o Hospital Metropolitano, o Instituto Pernambuco de Assistência e Saúde (Ipas). A secretaria de Saúde defende, alegando que a empresa ainda está em estágio probatório.
A mãe Claudia Astral, que tem um filho de 15 anos com uma doença rara, síndrome de harley, conta que está há três meses sem receber os medicamentos e que neste momento está sem receber as fraldas. "Agora é tudo manual, antes eu ia buscar os medicamentos e tinha como provar o recebimento, agora eles fazem você assinar e o papel fica lá sem nenhum comprovante. Tenho direito na justiça de pegar tudo, inclusive luvas e seringas, mas acontece que eles não estão repassando. Atualmente estou pedindo doação porque não tenho condições", desabafou a mãe.
A dona de casa Neliete Melo Faria, que tem diabetes e pressão alta, comenta que está há mais de seis meses sem tomar os medicamentos contínuos. "Tive um derrame há dois meses devido à falta dos remédios. Todas as vezes que vou lá, eles dizem que não tem e que está em falta, é um absurdo, tive que recorrer à justiça e até agora não deu em nada", afirmou.