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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
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23 de Maio de 2016, 10h:26 - A | A

VARIEDADES / DESABAFO

Mãe aos 46, Dira Paes fala sobre gravidez tardia: “Risco e ousadia”

No ar como a professora Beatriz, de “Velho Chico”, ela conta como foi engravidar depois dos 40 anos, o que pensa sobre o envelhecimento e como consegue conciliar tantas tarefas

MARIE CLARIE



Uma mulher guerreira, mas também muito romântica: a análise que Dira Paes faz de sua personagem, a professora Beatriz, em “Velho Chico”, também caberia a ela. Mãe e atriz apaixonada, ela voltou ao ar seis meses após dar à luz seu segundo filho, Martim, e se mostra completamente entregue e satisfeita às multitarefas que executa dentro e fora das telas. Perder tempo não faz parte de sua rotina, que se preenche ainda com os papeis de esposa e de mulher que luta pelos seus direitos.

“Nós, mulheres contemporâneas, temos a capacidade nata de conciliar vários papeis com muita destreza”, contou a paraense em entrevista à Marie Claire. Aos 46 anos, ela garante estar vivendo um momento muito especial de sua vida e passa por cima de qualquer estereótipo que costuma ser associado às mulheres mais maduras.

MÃE DEPOIS DOS 40
Nascida em uma família numerosa, Dira nunca desejou ser mãe de um só filho. Decidiu então aliar sua vontade ao pedido do primogênito Inácio, de 8 anos, primeiro fruto do relacionamento com o diretor de fotografia Pablo Baião, e optar pela inseminação artificial aos 45 anos, após duas tentativas frustradas de gravidez. Agora, seis meses após o nascimento do caçula, se sente completa e realizada, mas sempre mantendo os pés no chão.

“Cada história é uma história. A minha foi assim, mas não acho que seja a ideal. Nosso corpo apresenta saudavelmente o tempo certo para engravidar. E depois disso, é sempre um risco e uma ousadia”, diz.

MULHER MULTITAREFAS
Com a mesma destreza que constrói sua família, Dira dá andamento à vida profissional. “Toda mulher que se torna mãe e trabalha fora precisa deixar o casulo da maternidade e se dividir entre os diversos papéis de uma mulher moderna. Não é fácil, é difícil. Dói fisicamente, mas é necessário”, conta ela que, em nome do trabalho, precisou deixar o recém-nascido em casa para seguir viagem pelo interior de Alagoas, onde gravaria cenas da novela das 21h. “Ser mãe é um elemento que nos faz mais aguerridas para alcançar nossos objetivos.”

Mesmo distante, a maternidade a tocou fisicamente. Distante dos filhos, Dira se dirigiu a uma maternidade da região para fazer o papel de ama de leite. Por lá, amamentou três bebês, o que, segundo ela, só fez aumentar a saudade de Inácio e Martim.

CELEBRANDO A MATURIDADE
Quando o assunto é empoderamento feminino, Dira faz coro às colegas de profissão de Hollywood que lutam por mais espaço e direitos dentro do entretenimento, como Julianne Moore, a capa de Marie Claire deste mês. “Acho que essa indústria não é tão favorável às mulheres quanto é aos homens. E isso é um reflexo da nossa sociedade”, diz prontamente. “Temos muito ainda a buscar e a alcançar.” Ainda assim, ela garante estar vivendo um momento profissional muito especial e espera “que isso perdure por mais 30 anos, pelos menos”.

Conhecida pelos diversos papeis sensuais que já fez na TV, ela não teme o envelhecimento e uma possível perda de espaço dentro de uma indústria que ainda celebra muito a juventude. “Acho que o corpo é instrumento do ator. Tudo tem o parâmetro da dramaturgia, que direciona o que a atriz deve ou não fazer em cena. Sempre fiz as minhas de acordo com a narrativa pedida no roteiro. Mas estou me preparando psicologicamente, porque acho imaturo você ter medo de envelhecer. A gente sabe que vai acontecer desde a hora que nasce. Espero não mudar de opinião futuramente”, diz.

Satisfeita com sua imagem, Dira garante que a silhueta sempre em forma é resultado de uma vida balanceada. “Nunca fiz loucuras para entrar em forma. Meu lema é e sempre será o equilíbrio. Busco fazer o que me dá prazer e, ao mesmo tempo, atender às necessidades dessa máquina que é o corpo humano”, explica.

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