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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

30 de Janeiro de 2015, 08h:55 - A | A

POLÍTICA / MESA DIRETORA

Taques e Riva seriam protagonistas de articulações; analista diz que tudo ainda pode mudar

Até nesta quarta-feira (28) o deputado Ondanir Bortoloni, o Nininho (PR), também havia assumido candidatura.

ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO



Deputado estadual de primeiro mandato, o coronel da Polícia Militar Peri Taborelli (PV) fez uma declaração pública nesta semana criticando a disputa na formação da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

De acordo com ele, a eleição que definirá o novo presidente da Casa e os membros da Mesa está sendo orientada pelo governador Pedro Taques (PDT) e pelo deputado José Riva (PSD), que cumpre sua última semana de mandato.

“Nada consegue manter o grupo unido, pois as decisões dependem muito pouco dos deputados da base ou da oposição. Vejo que quem comanda realmente é o governador e o deputado Riva! Vejo que ao sabor de quem é o preferido da vez, segue iludido fazendo seu grupo, alegre e dizendo-se que é o escolhido e, depois de presidente, passa-se a primeiro-secretário e na sequência, após reuniões ora com um ora com outro mandatário do Poder, abandona o interesse de fazer parte da Mesa Diretora, de forma injustificável”, declarou ele.

Sem citar nomes, Taborelli disse não tem mais compromisso com qualquer grupo, e foi mais longe ao dizer que não há um nome dentro da Assembleia que consiga se manter honrosamente à frente da disputa. Ele classificou os candidatos como “dependentes” e que lutam por “interesses escusos”.

Até nesta quarta-feira (28), o deputado Ondanir Bortoloni, o Nininho (PR), havia assumido a candidatura à primeiro-secretário da Casa, substituindo o deputado Mauro Savi (PR) na chapa ‘encabeçada’ pelo deputado Guilherme Maluf (PSDB). Nininho teria o apoio do deputado eleito Eduardo Botelho (PSB), que seria candidato ao mesmo cargo na chapa liderada pelo deputado Emanuel Pinheiro (PR).

A candidatura de Nininho põe fim ao formato das duas composições que disputavam os cargos e pode resultar em uma chapa única para a eleição da Mesa.

Nos bastidores, o comentário é de que Nininho seria a ‘indicação’ do governador Pedro Taques (PDT) para a chapa, já que o chefe do Executivo não simpatizaria com Savi na Primeira Secretaria porque o parlamentar teve fortes ligações políticas com o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e com o deputado José Riva (PSD).

Confinamento e corre-corre

Historicamente, os cargos da Mesa Diretora seriam disputados à unha pelos deputados. De acordo com o analista político Alfredo da Mota Menezes, Mato Grosso sempre foi palco de intensas articulações dentro da Assembleia a cada troca de legislatura.

Segundo ele, houve um tempo em que os parlamentares se dividiam em grupos e ficavam até mesmo confinados, para que não houve mudança de posições políticas. “A coisa era feia, ridícula”, avaliou ele.

Para Alfredo, mesmo faltando apenas três dias para a posse dos novos deputados e para formação da Mesa, tudo pode mudar. Os cargos seriam disputados pelo fato de ser um Poder paralelo, que rege diretamente as ações do governador e até mesmo do Poder Judiciário. ““. Nesse aspecto, é um poder extraordinário”. 

“Não adianta dizer que já ganhou Maluf, Zeca Viana, Emanuel... porque tudo muda em horas. Eles fazem isso 20 horas por dia. Estão dormindo 5 horas por noite. Os detalhes de porque um entra e outro sai, o que aparece na imprensa é um pedacinho do que estão conversando. Uma  presidência da Assembleia é um Poder, como o Judiciário e o Executivo. Tem poder de colocar em pauta ações do Governo, de tirar, de aprovar, ou seja, tem que conversar com os outros Poderes”, completou ele.

 

 

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