DA REDAÇÃO
A Justiça Eleitoral de Mato Grosso proferiu, nesta quinta-feira (18.09), quatro decisões desfavoráveis ao candidato ao governo Lúdio Cabral (PT). As decisões tratam de irregularidades na divulgação de pesquisas, montagem ou trucagem de imagem e som, e também determina a retirada do ar de informações inverídicas contra o candidato da oposição, Pedro Taques (PDT).
A decisão de maior impacto trata da suspensão imediata da propaganda do petista que acusa Pedro Taques de ser um dos investigados na “Operação Ararath” da Polícia Federal. Conforme o juiz eleitoral Paulo Cézar Alves Sodré, por meio dos documentos apresentados pela defesa de Pedro Taques, fica provado que ele não é investigado. Conforme decisão do juiz, Lúdio Cabral faz acusação a Taques com base em “um documento apócrifo, ao qual não se pode dar a menor credibilidade”.
Em outra decisão do juiz Paulo Cezar Sodré, ele determinou a suspensão do programa de rádio do candidato PT devido a irregularidade na divulgação de uma pesquisa eleitoral. O material de Lúdio não obedece ao que prevê o artigo 11 da Resolução do TSE número 23.404, como divulgação da margem de erro da pesquisa, nível de confiança, número de entrevistados e nome da entidade que realizou a pesquisa.
O programa de rádio do candidato também sofreu sanção por meio de decisão da juíza Ana Cristina Mendes. O candidato usou no rádio a mesma “técnica inescrupulosa” adotada na TV e que, conforme decisão anterior, já foi determinada a retirada do ar. No propaganda eleitoral no rádio, Lúdio também fez montagem de falas do candidato Pedro Taques em debate na Rádio Mix, realizado na segunda-feira (15.09), a respeito dos suplentes. O petista tenta passar ao eleitor a imagem de Pedro Taques não sabe quem é o seu suplente. No entanto, no debate, ele esclareceu que, de acordo com o TRE, o primeiro suplente é o policial federal José Medeiros.
A juíza Ana Cristina Mendes também proibiu que o candidato do PT veicule o “fato sabidamente inverídico” de que o empresário Fernando Mendonça teria participação da campanha de Taques. Conforme a decisão, a informação divulgada por Lúdio é “inverídica” e o citado não é filiado a partido político.
