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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

04 de Fevereiro de 2016, 10h:09 - A | A

POLÍTICA / DEPOIMENTO À CPI

Deputados prometem pressionar direção da Friboi em audiência aberta

Oitiva está marcada para esta quinta-feira (4). Diretor terá que explicar incentivos milionários concedidos à empresa pelo governo Silval.

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



O deputado estadual José Carlos do Pátio (SD), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, disse nesta terça-feira (2), durante investigação de campo da CPI, que a JBS-Friboi não poderá se esquivar de prestar esclarecimentos nesta quinta-feira (4), em audiência aberta, às 13 horas, em que será interrogado o diretor executivo da empresa de renome mundial, Valdir Aparecido Boni.

Por isso, “estavam (os diretores da empresa) alegando que não queriam depor mais, mas a devolução do dinheiro não tem nada a ver com o crime praticado. Nós vamos exigir o depoimento deles e não vamos concordar que a devolução é aquilo que realmente é de direito para o Estado de Mato Grosso”, reagiu Pátio.

A JBS já devolveu R$ 376 milhões ao Estado, fruto de um acordo entre as partes com intermediação do Ministério Público Estadual (MPE).

Por isso, “estavam (os diretores da empresa) alegando que não queriam depor mais, mas a devolução do dinheiro não tem nada a ver com o crime praticado. Nós vamos exigir o depoimento deles e não vamos concordar que a devolução é aquilo que realmente é de direito para o Estado de Mato Grosso”, reagiu Pátio.

O diretor Boni, segundo o deputado, estava na Holanda, mas já veio para o Brasil, aparentemente com o intuito de comparecer à oitiva.

Sob suspeita de ter sido agraciada com incentivos fiscais irregulares, a JBS teve as contas bloqueadas em 2014, com foco na devolução de milhões de reais, que, segundo as investigações, devem ser devolvidos ao erário estadual.

"Esse dinheiro foi devolvido no prazo? Foi devolvido na integralidade? Em espécie? Em que conta? Então é uma série de questionamentos que vamos fazer”, detalhou Pinheiro.

O suposto favorecimento teria ocorrido na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que está preso desde setembro do ano passado, como alvo central da Operação Sodoma, da Delegacia Fazendária (Defaz), que identificou esquema de incentivos fiscais em troca de propina. Conforme apurou a Defaz, há fortes indícios de que as propinas eram para pagar dívidas de campanha eleitoral.

Em Mato Grosso, a JBS tinha incentivo do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic) e também no ICMS.

Outro parlamentar membro desta CPI, Emanuel Pinheiro (PR), explica que a intenção da oitiva é esclarecer vários fatos. “Elucidar tudo que a sociedade, a imprensa e nós da CPI esperamos. Desde o famigerado envolvimento que acabou indo para a Justiça, bloqueando as contas do ex-governador, da Friboi e até dos sócios, até os benefícios fiscais e o pagamento do acordo de devolução. Esse dinheiro foi devolvido no prazo? Foi devolvido na integralidade? Em espécie? Em que conta? Então é uma série de questionamentos que vamos fazer”, detalhou ao .

Logo após a oitiva do diretor da Friboi, às 16 horas a CPI irá colher o depoimento de Aldevino Aparecido Bissoli ou do cunhado dele, José Manoel Nunes. Os dois mantêm firmas suspeitas em um galpão, no bairro Capela do Piçarrão, em Várzea Grande.

Leia mais sobre isso aqui.

O tentou falar com a direção da JB Friboi, através da Assessoria de Imprensa, deixou recado, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.

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