KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
“Um açougue está melhor que o IML”, comparou o diretor adjunto da Perícia Oficial de Investigação Técnica (Politec), Reginaldo Rossi, durante cerimônia de lançamento do concurso público na Segurança Pública, na última semana, se referindo aos problemas no tratamento de cadáveres, associados a mortes violentas.
Um dos problemas tem sido a demora na liberação dos corpos, o que gera revolta de familiares, obrigados a esperar dias e até semanas para realizar o sepultamento.
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O argumento do Estado, para tal demora, tem sido a falta de profissionais, para a realização rápida do obrigatório exame de necropsia, que é a análise dos órgãos de cada região para confirmação das circunstâncias e as causas da morte.
O concurso da Segurança Pública vai abrir 42 vagas para técnicos em necropsia.
O diretor Rossi disse que o incremento de pessoal é necessário para que as famílias não fiquem mais angustiadas com esta espera. “Parece um número pequeno, mas vai mudar o nosso lotacionograma”, ressaltou. Ele disse ainda esperar que ninguém “precise visitar o IML, o que é uma coisa ruim”, mas, caso contrário, que seja bem atendido, de forma humanizada.
O governador Pedro Taques (PSDB), na mesma cerimônia, “convidou” ex-governadores a fazerem uma visita “para ver a cara do IML” – se referindo às condições precárias do órgão.
Robson Zanotto 09/02/2016
Para esclarecimento: a Politec não faz parte da polícia, não são policiais e sim peritos apenas. A sigla POLITEC é Perícia Oficial (e não polícia oficial) e Identificação Técnica.
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