facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

17 de Setembro de 2010, 13h:13 - A | A

POLÍCIA /

PM agrediu grávida dentro da ROTAM antes de executá-la na BR-364



SILVANA RIBAS
A GAZETA

O policial militar Claudemir Souza Sales, 30, agrediu a amante Ana Cristina Wommer, 24, grávida de 8 meses, 2 dias antes dela ser morta, no dia 22 de agosto. Ela narrou o fato à uma amiga e disse que a agressão na barriga e nos braços foi presenciada por companheiros de trabalho dele, da Rotam, já que quando o encontrou ele estava em serviço.
Um dia antes do crime, a testemunha presenciou o momento em que Ana Cristina recebia o telefonema de Sales, marcando um encontro para a manhã do domingo, dia em que ela foi morta, logo depois das agressões sofridas.

Segundo o delegado Márcio Pieroni, as informações vindas em um dos últimos depoimentos confirmam que a execução da corretora foi planejada em detalhes pelo policial, que está preso desde a localização do corpo no dia 24 de agosto.

Pieroni, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), destaca que a parte de depoimentos do inquérito está encerrada, com a realização inclusive de acareações. Aguarda apenas os laudos da perícia técnica feita no veículo Gol de Sales para encerrar o inquérito e remetê-lo à Justiça. Os exames irão determinar se o sangue encontrado no porta-malas era de Ana Cristina.

Outro dado que falta ser confirmado é sobre o exame de DNA no feto, para comprovar se Sales era mesmo o pai da criança que morreu ao nascer em decorrência da execução da corretora.

Em depoimento, a testemunha que ouvia os desabafos da vítima, assegurou que ela teria dito que Sales se apresentava bastante agressivo no último encontro. Tanto que Ana Cristina havia comprado 2 cuecas para ele e decidiu trocar os presentes por roupas íntimas para ela, alegando que ele não merecia.

Dias antes, a jovem teria dito que o policial falou que iria se casar com ela e que com o dinheiro da comissão de vendas de uma casa faria o chá de panela. Mas depois do encontro que teve com ele na sexta-feira (20), onde acusou Sales de apertar sua barriga com violência a deixando dolorida no dia seguinte, alegou que não iria mais morar com ele depois que a criança nascesse.

Mesmo assim saiu para o último encontro com o policial, quando foi asfixiada, o que provocou a antecipação do parto e a morte por hemorragia.

Além de Sales, o candidato a deputado federal Davi Nascimento, 27, vai ser indiciado pela participação no assassinato. Ele é acusado de sair em companhia do PM, na manhã de domingo, quando a corretora foi ao encontro dele.

Davi ainda é acusado de ter agilizado a venda do veículo Gol, usado para transportar o corpo da jovem até o local da desova, às margens da BR-364, no Distrito Industrial.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Comente esta notícia