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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

03 de Maio de 2016, 07h:40 - A | A

POLÍCIA / GRUPO DE EXTERMÍNIO

Marido traído contratou pistoleiros para matar o amante da mulher, diz secretário

Rogers Jarbas, responsável pela pasta da Segurança Pública usa um dos casos como exemplo do domínio que a quadrilha exercia em Várzea Grande.

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



Um marido traído contratou o grupo de extermínio de Várzea Grande, desarticulado na última terça-feira (26), para eliminar o amante da mulher. É o que confirmou o secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Elizandro Jarbas, em entrevista ao programa Conexão Poder, se referindo ao grupo que atuava com pistolagem, ou seja, pagando o valor pedido, atendia a qualquer encomenda de execução, mesmo que o alvo não fosse criminoso.

“Tivemos casos de vítimas que inclusive era porque mantinha relação conjugal com uma outra pessoa. Aí está a torpeza, o fato de estar recebendo por cometer qualquer crime”, destacou o secretário.

“Tivemos casos de vítimas que inclusive era porque mantinha relação conjugal com uma outra pessoa. Aí está a torpeza, o fato de estar recebendo por cometer qualquer crime”, destacou o secretário.

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O marido traídoem questão, seria o mandante do assassinato do gerente de vendas Eduardo Rodrigo Beckert, de 35 anos. Ele foi executado com mais de 10 tiros de pistola no dia 5 de abril deste ano, próximo do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, dentro da caminhonete L200 que ele dirigia. Eduardo estava chegando em casa, quando foi surpreendido pelos bandidos que chegaram em um veículo Fiesta e dispararam contra ele. 

Este teria sido um dos últimos crimes oficialmente associados ao grupo de pistolagem, que trouxe de volta à Grande Cuiabá o clima criminal da época do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, em meados dos anos 2000, preso pela Operação Arca de Noé. O “império” criminal de Arcanjo ruiu quando as execuções atribuídas a ele começaram a acontecer com maior frequência e à luz do dia, em regiões centrais da capital mato-grossense. Os pistoleiros que agiam a mando dele, Hércules Araújo e Célio Alves, também foram presos e condenados – ambos policiais militares.

“Isso não surgiu de dentro da PM, atuaram fora do horário de trabalho. O que houve é a cooptação desses seis, óbvio”, argumentou o secretário sobre os PMs envolvidos com os crimes de pistolagem.

Hércules, após ser preso, chegou a afirmar à imprensa local, que aprendeu a matar na Polícia Militar.

Desta vez, a operação da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) prendeu, entre 17 acusados de envolvimento com o grupo de pistolagem, seis PMs.

Para o secretário Rogers Jarbas, estes são apenas as "maçãs podres" e o restante da corporação é formada, segundo ele, por profissionais dignos de respeito.

“Outras pessoas serão presas, com toda certeza isso vai se estender”, afirmou Rogers Jarbas sobre as prisões.

O secretário assegura que os PMs incriminados não usavam a máquina estatal para atuar. “Tanto é que todas as armas aprendidas são ilegais e não de uso da corporação, assim como mais de 600 munições”, justificou. “Isso não surgiu de dentro da PM, atuaram fora do horário de trabalho. O que houve é a cooptação desses seis,  óbvio”.

O secretário afirma que vão ocorrer mais prisões, que devem ser cumpridas a partir de novas investigações e cruzamento de dados feitos pelo setor de inteligência e a Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec).

“Outras pessoas serão presas, com toda certeza isso vai se estender”, afirmou Rogers Jarbas. “Mas não tem um prazo de conclusão destas investigações, porque são centenas de confrontos balísticos e isso demora”, avisa.

 

ASSISTA AQUI A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA

 

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