RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
Os policiais militares Lucélio Gomes Jacinto, Joailton Lopes de Amorim e Werney Cavalcante Jovino, acusados pelo homicídio do tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Carlos Henrique Scheifer, durante uma caçada na mata a ladrões de banco, tiveram liberdade concedida pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), nesta terça-feira (07).
O trio estava preso desde o dia 13 de março. O julgamento do pedido de Habeas Corpus concluiu que o homicídio, que aconteceu em 2017, foi acidental.
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Antes de ler o voto, o desembargador Orlando Perri adiantou seu entendimento. "Cheguei à conclusão de que a morte do tenente foi um lamentável acidente. Todas as circustâncias convegem para esse sentido", disse Perri.
O desembargador votou pela soltura dos militares, analisando principalmente o fator de baixa visibilidade noturna no local em que o tiro, que matou o tenente foi disparado.
O voto de Perri foi seguido pelo juiz convocado Francisco Alexandre Ferreira Mendes Neto.
No último dia 30 de abril, o mesmo Habeas Corpus foi analisado. O relator Paulo Cunha votou para que os militares continuassem presos. A sessão, porém, foi adiada após o pedido de vistas de Perri.
O julgamento foi transmitido pelo canal do Tribunal de Justiça (TJMT) no Youtube.
Assista o julgamento a partir no minuto 14h37.
Entenda
Inicialmente, o cabo Jacinto, o sargento Amorim e o soldado Jovino afirmaram que Scheifer foi morto por um bandido, durante confronto na mata. Eles estavam à procura de uma quadrilha do novo cangaço, que havia assaltado um banco na cidade de Matupa (a 696 km de Cuiabá).
No entanto, o exame da balística comprovou que os disparo que atingiu o tenente do Bope partiu do fuzil do cabo Jacinto. A partir disso, o PM mudou a sua versão e disse que o tiro foi acidental, na tentativa de acertar os bandidos. O tenente Scheifer foi atingido por disparo de arma de fogo na região abdominal. Inicialmente, os colegas de farda sustentaram que a vítima havia sido atingida por disparo efetuado por suspeito não identificado, que estaria em meio à mata. Após a realização do laudo pericial ficou comprovado que o projétil alojado no corpo do tenente partiu de um fuzil do cabo Lucélio Gomes Jacinto.
“Somente após a balística descortinar que o disparo, que atingira mortalmente o tenente Scheifer ter saído da arma de fogo portada pelo denunciado cabo da PM Jacinto, que então mudando a versão de outrora, ele alegou ter se equivocado da pessoa do tenente Scheifer com a do suspeito”, afirmava a denúncia do MPE.
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MORADOR 08/05/2019
Rua da Vitória, Bairro Alvorada Cuiabá, a polícia tá passando mas não prende ninguém Tá tudo traficando ali dia e noite sem parar. Ali é um beco que dá numa escada para a Av. Rep. do Líbano, Noiado dia e noite, tráfico, troca de coisa roubada. A maioria das casa ali é boca de fumo/ponto de venda. Tem gente que usa desse artífice para ludibriar a policia. Finge que é casa de família mas é ponto de drogas. Tudo CV, quem manda na cidade é o CV. Polícia só faz de conta que existe, justiça solta todo mundo. Mato Grosso É CV.
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