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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

03 de Agosto de 2015, 11h:02 - A | A

POLÍCIA / VIOLÊNCIA SEM FIM

Confundido e acusado de estupro, homem que veio do MA procurar emprego, é linchado em VG

Um popular teria o acusado do estupro e gritado, chamando atenção de outras pessoas. Rapidamente Roberto foi cercado e espancado com socos e pontapés. A PM foi acionada e quando chegou no local só encontrou a vítima no chão.

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



Roberto Luís dos Santos, de 57 anos, morreu no Pronto-Socorro de Várzea Grande após ser espancado, no bairro Jardim Imperial II, também na cidade. O caso ocorreu na manhã deste domingo (2). A Polícia Militar informou que a vítima foi espancada por populares que o teriam confundido com um estuprador.

Segundo informações da PM, testemunhas disseram que a vítima caminhava pela Rua Argentina, quando um homem o abordou. Um popular teria o acusado de estupro e gritado, chamando atenção de outras pessoas.

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A PM informou que Roberto é maranhense e estava em Várzea Grande a procura de emprego.

Rapidamente Roberto foi cercado e espancado com socos e pontapés. A PM foi acionada e quando chegou no local só encontrou o maranhense no chão, quase morto.

Roberto foi encaminhado ao Pronto-Socorro com ferimentos na cabeça e no tórax. Ele morreu no box de emergência. O corpo dele foi encaminhado para o Instituo Médico Legal (IML).

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá está investigando o crime. A PM informou que Roberto é maranhense e estava em Várzea Grande a procura de emprego.

MAIS MORTE

Na madrugada de domingo (2), também em Várzea Grande, Wando Wilson Ferreira da Costa, de 27 anos, foi morto com tiros, no bairro Jardim Manancial.

Segundo informações da PM, moradores disseram que ouviram barulhos de tiros. Ao saírem se depararam com o corpo da vítima. A DHHP também investiga o crime.

Omissão do Estado
“Passou da hora do Estado parar de tolerar esse tipo de atitude”, condena Denize Amorim, do Conselho Estadual de Direitos Humanos de Mato Grosso. “Mais que várias discussões, o que está em jogo é a tolerância inclusive aos meios de comunicação de massa que exibem programas incitando também tais atitudes. Precisamos de reações de toda rede de Justiça para conter a barbárie”. Segundo ela, nem mesmo em redes sociais poderia ser permitida a conivência com este tipo de violência.

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