Advogado diz que tentaram matar estudante que filmou sexo com cadela

RepórterMT/Reprodução

Emerson está preso por maus-tratos e associação criminosa.

LUIS VINICIUS
DA REDAÇÃO

O advogado Rodrigo Lazáro de Souza, que faz a defesa do estudante universitário, Emerson Fernandes Pedroso, que divulgou um vídeo em que aparece estuprando uma cadela, disse ao , que seu cliente não se entregou antes à polícia porque temia por sua vida, já que sofreu uma tentativa de homicídio, na última quinta-feira (20), no bairro Pedra 90, em Cuiabá.

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O fato teria acontecido logo após o caso tomar repercussão na imprensa mato-grossense. Emerson vai responder por maus-tratos contra animais e associação criminosa. A prisão temporária é de cinco dias, mas pode ser convertida em preventiva e passar para 90 dias.

O estudante se apresentou na Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), na tarde desta segunda-feira (24), para prestar depoimento. Emerson foi encaminhado Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), antigo presídio do Carumbé.

O advogado disse que após o caso tomar repercussão em alguns sites de Cuiabá, seu cliente estava se dirigindo à delegacia, quando seu carro teria sido cercado por homens que atiraram três vezes contra ele. Emerson não foi ferido, mas o carro teria ficado com as marcas dos disparos.

“No dia que o caso saiu na mídia, ele conversou com o delegado e ia se entregar para prestar depoimento. Por volta de duas horas, quando ele estava saindo para se apresentar, tentaram matar ele com três tiros. O carro da família ainda está com marcas de balas. Tanto que o carro da família passou por perícia na delegacia por conta disso. Por questão de medo e de segurança ele resolveu aguardar para se entregar. Ele apresentou só agora para acalmar um pouco. Os fatos estavam muito recentes. O pessoal estava ameaçando ele até de morte e por isso nós achamos melhor deixar acalmar a situação”, disse à reportagem.

O advogado afirmou que vai solicitar ainda nesta terça-feira a revogação da prisão do seu cliente, por acreditar que não tenha fundamentação para mantê-lo preso.

“Vou pedir a revogação da prisão dele hoje. A prisão temporária dele tem um período de cinco dias e foi pedida devido à repercussão do caso e devido que no dia que o delegado foi atrás dele, não conseguiu o encontrar, só por conta disso. Não tem fundamentação para manter ele preso. Ele é réu primário, ele tem residência fixa, tem trabalho fixo. O Emerson não tem intenção de obstruir as investigações e está colaborando com a Justiça. Não tem porquê manter ele preso”, explicou.

À reportagem, Souza garante que Emerson não participa de nenhum grupo de zoofilia.

“A imputação da associação criminosa contra ele, eu entendo não como uma intenção de mantê-lo preso, mas foi a forma de como foi divulgado. Estão falando que ele participa de um grupo e esse grupo tem a intenção de praticar esse tipo de crime, comercializar e divulgar pela internet e não é bem assim a história. Na verdade , não foi nem ele que divulgou esse vídeo. Ele realmente fez, confessou e tem a justificativa dele. No entanto, eu ainda não posso dizer o que ele justificou ao delegado”, concluiu.

A reportagem tentou contato com o delegado o delegado Gianmarco Paccola, mas as nossas ligações não foram atendidas

O caso 

O estudante se entregou à polícia na tarde desta segunda-feira. O vídeo foi gravado dentro de um banheiro, supostamente na casa onde mora no Jardim Industriário, em Cuiabá. A gravação foi feita pelo próprio estudante.

Após o vídeo ser divulgado, Emerson Emerson foi para casa de amigos, em Cuiabá. 

O estudante foi até a delegacia acompanhado de seu advogado e foi ouvido pelo delegado Gianmarco Paccola Capoani.

A Polícia Civil suspeita que o estudante seja membro de um grupo de zoófilos.

O suspeito tem quatro cães, dos quais dois a Polícia Civil conseguiu resgatar. No entanto, a cadela que aparece na filmagem ainda não foi encontrada.

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