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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
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20 de Fevereiro de 2018, 07h:00 - A | A

PODERES / MÁFIA DO DETRAN

Três núcleos operavam esquema que desviou R$ 7 milhões

O esquema tinha liderança, operação e subalterno; Segundo o Gaeco os líderes eram Silval Barbosa, Pedro Henry, Mauro Savi e Eduardo Botelho

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO



Um organograma montado por investigadores responsáveis pela Operação Bereré, deflagrada na manhã desta segunda-feira (19), dividiu o esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) em três núcleos de atuação: liderança, operação e subalterno.

O documento mostra que o ex-governador Silval Barbosa (sem partido), o ex-deputado federal Pedro Henry, os deputados estaduais Eduardo Botelho (atual presidente da Assembleia Legislativa) e Mauro Savi eram os líderes do esquema que teria desviado até R$ 7,3 milhões dos cofres públicos por meio de contrato fraudulento com a empresa EIG Mercados, antiga FDL Serviços.

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Eram eles, segundo o MPE, que formulavam e aprovavam as fraudes. A função do ex-governador Silval Barbosa, por exemplo, era dar plenos poderes para que o deputado Mauro Savi e Botelho realizassem as indicações para o comando da autarquia. A investigação apura o nome de Botelho como sócio da Santos Treinamento e Capacitação de Pessoal Ltda, que seria uma empresa de fachada constituída para operacionalizar propinas do esquemasno Detran.

“Para o desempenho destas funções, seus componentes se valem do poder puramente político e/ou poder político-funcional decorrente diretamente dos mandatos eletivos e dos cargos políticos que ocupam, que lhes garantem a ingerência sobre a atuação do Detran-MT na prestação dos serviços públicos objeto da descentralização. Os integrantes deste centro de atuação da organização criminosa detinham não apenas o poder de influenciar as escolhas relacionadas à atuação do Detran/MT, mas o poder de efetivamente determina-las, de fazer sua vontade dentro da autarquia", destaca trecho do documento.

O presidente Teodoro Moreira Lopes - o Dóia -  era o responsável por solucionar as questões jurídicas. Já o então deputado federal Pedro Henry tinha como responsabilidade influenciar nas decisões do Sistema Nacional de Trânsito para que medidas tivesse repercussão direta no Detran de MT.

"Pedro Henry Neto valia-se do poder de fato que o mandato de deputado federal lhe proporcionava para influenciar órgãos integrantes ao Sistema Nacional de Trânsito a adotarem medidas que tinham repercussão direta na atividade do Detran-MT, bem como para inserir esquemas de corrupção em órgão de trânsito estaduais, lucrando com eles. Além de contribuir para a atuação da organização criminosa, estabelecendo condições para  a prática de crimes contra a administração pública", diz o relatório.

O núcleo operação - responsável pela operacionalização do desvio de dinheiro - era composto por 11 pessoas - entre eles o irmão do ex-governador, o empresário Antônio da Cunha Barbosa Filho, e Silvio Cesar Correa, ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa.   

"Os integrantes deste núcleo são direta ou indiretamente responsáveis pela operacionalização dos esquemas de vantagens ilícitas. (...) São eles quem materializam a vontade da liderança tomando as medidas necessárias para que os esquemas de corrupção sejam realizados", destaca o MPE.

Outras 30 pessoas, alguns servidores a Assembleia Legislativa, faziam parte do núcleo subalterno. Ou seja, eram responsáveis por tarefas menores e pouca complexidade.

"Eles são responsáveis por fazer fluir o dinheiro relacionado às vantagens ilícitas obtidas pela organização criminosa, sendo os destinatários primários da propina que têm a incumbência movimentar o dinheiro, seja para que ele chegue aos destinatários finais, seja para esconder a sua origem ilícita".

No total, 49 pessoas participavam do suposto esquema criminoso delato pelo ex-presidente do Detran.

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FUCKER AND SUCKER 20/02/2018

UAI... faltou gente aí, se me recordo tbm durante as investigações, descobrimos que tinha um secretário do atual gov mamando nessa bica, cade o nome dele?

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1 comentários

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