A pedido do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), as gráficas de Liz e Intergraf e Editora pagaram por meio de “Caixa 2”, aproximadamente, R$ 2,8 milhões ao ex-prefeito cassado de Várzea Grande, Wallace Guimarães (PMDB), durante a campanha de 2012.
A afirmação consta na decisão da juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que alterou a prisão preventiva do ex-governador, para domiciliar, na última terça-feira (13).
“Confessou, ainda, que no ano de 2012 combinou com César Zílio [então secretário de Administração] recebimentos de propinas de empresas do ramo gráfico representadas por Wallace Guimarães, tendo acertado na ocasião que Wallace iria efetuar apenas parte dos serviços contratados e, em contrapartida, repassaria propina a César Zílio e utilizaria parte desses recursos na campanha eleitoral para Prefeitura de Várzea Grande em 2012”, diz trecho do documento.
O dono da gráfica Liz, o empresário Antônio Roni de Liz, e o empresário Evandro Gustavo Pontes, proprietário da Intergraf, já foram denunciados pelo Ministério Público do Estado (MPE).
Juntas, as empresas firmaram contratos na gestão Silval no valor de quase R$ 5 milhões em verba para serviços. Para o MPE, tudo foi feito com o objetivo de desviar dinheiro público, já que não havia necessidade dos contratos.
A promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco pediu, em suas alegações finais no processo que investiga o caso, a condenação do ex-prefeito cassado e dos empresários.
A partir de agora, o pedido do Ministério Público será analisado pela juíza da Selma Arruda. Caso sejam condenados, a pena pode chegar a 12 anos de prisão e multa.