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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
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12 de Dezembro de 2018, 07h:30 - A | A

PODERES / REFORÇO NO CAIXA

Mauro pode aumentar taxação de produtores de algodão em Mato Grosso

Governador eleito pretende fundir o Fethab 1 e o Fethab 2 para aumentar arrecadação aliada ao corte de gastos.

MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO



O governador eleito Mauro Mendes (DEM) anunciou que o setor algodoeiro está entre aqueles que deverão ter aumento na contribuição ao Fundo de Transporte e Habitação (Fethab) a partir do próximo ano. O democrata estuda unir o Fethab 1, criado na gestão do ex-governador Dante de Oliveira (falecido), e o Novo Fethab, ou Fethab 2, criado pelo governador Pedro Taques (PSDB) e que perde validade depois de 31 de dezembro deste ano.

“Isso implica, necessariamente, em alguns setores como o de algodão, por exemplo, que acreditamos ser uma cadeia amadurecida, uma cadeia que está em um momento muito bom, e pode sim contribuir mais com o Estado de Mato Grosso”, avaliou Mauro.

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Além do algodão, são obrigados a recolher para o Fethab gado, soja, madeira, madeira e óleo diesel. Estes produtos também podem ter alterações nas alíquotas de contribuição ao fundo.

O democrata tem anunciado redução no número de secretarias, redução de cargos comissionados, e extinção de empresas públicas. Aliado aos cortes de gastos já anunciados e outros ainda em estudo por parte da equipe de transição, o aumento da arrecadação visa cobrir um rombo de R$ 1,5 bilhão previsto no orçamento de 2019, segundo Mauro.

"Mato Grosso não pode, nesse momento de grande crise, de falta de caixa, abrir mão de quase R$ 500 milhões. O orçamento de 2019, que já prevê os recursos do Fethab 2, tem hoje um déficit de mais de R$ 1,5 bilhão”, disse Mauro Mendes.

No atual formato, o Fethab é responsável por uma arrecadação de cerca de R$ 450 milhões por ano. Mauro estima que mais R$ 300 milhões devem entrar nos cofres públicos com a reformulação do fundo.

Mauro depende que Taques envie o projeto ainda neste ano à Assembleia Legislativa para não entrar em janeiro próximo sem a arrecadação do Fethab 2. Durante a campanha eleitoral, Pedro Taques prometeu a representantes do agronegócio que não iria reeditar o fundo.

“Vou mostrar a ele o projeto, tenho mantido um diálogo com o setor produtivo, antes das eleições eu já disse a todos os representantes que nós iríamos reencaminhar esse projeto. Mato Grosso não pode, nesse momento de grande crise, de falta de caixa, abrir mão de quase R$ 500 milhões. O orçamento de 2019, que já prevê os recursos do Fethab 2, tem hoje um déficit de mais de R$ 1,5 bilhão”, disse.

O governador eleito classificou como “inadmissível” a possibilidade de perder arrecadação no momento atual. O Governo do Estado vem tendo dificuldades com itens básicos nas contas públicas como os salários dos servidores. Neste mês, Taques escalonou os vencimentos dos trabalhadores do Executivo em razão da falta de recursos. Mendes não descartou a possibilidade de que o mesmo ocorra no início de sua gestão e, por isso, frisou a necessidade de aumento na arrecadação.

“Se nós abríssemos mão desse recurso, pularia para R$ 2 bilhões. Então, nós temos que tomar medidas muito duras para conter as despesas, reduzir despesas para buscar o equilíbrio, e medidas também para elevar a arrecadação. Não vamos conseguir esse equilíbrio só cortando. E também não podemos imaginar que a sociedade vai admitir fazermos enormes tributações para que só o contribuinte pague essa conta. Isso é inadmissível”, avaliou o democrata.

 

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Vinícius 12/12/2018

Dilmar Dal Bosco, Fabris, Savi, Botelho cercaram o Pedro Taques e incentivaram a atacar os servidores públicos para manter as renúncias fiscais seletivas para lobistas e financiadores de campanha, incluindo 415 empresas no estado de Mato Grosso mais o agronegócio. Ao mesmo tempo que conspiravam para eleger o Mauro Mendes. Agora fazem o mesmo jogo e já miram a eleição de outro governador na próxima eleição. Para eles não importa quem esteja no governo, não existe lealdade, o que importa são seus interesses. Resumindo, garantem a agenda do agronegócio e dos grandes empresários, consequentemente o financiamento de suas próprias campanhas. Veremos se o Mauro Mendes é mais esperto que o Pedro Taques, ou se será engolido pelo sistema e rechaçado nas urnas como seu antecessor.

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