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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

17 de Agosto de 2017, 10h:50 - A | A

PODERES / HOMOLOGOU DELAÇÃO

Juíza manda soltar empresário que recebeu R$ 778 mil desviados de órgãos públicos

Hallan Gonçalves de Freitas é funcionário da Faespe e proprietário da empresa H.G DE Freitas-ME, que recebeu o montante em esquema.

FLÁVIA BORGES
DA REDAÇÃO



A juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, revogou a prisão de Hallan Gonçalves de Freitas, que estava no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) desde 20 de junho, quando foi deflagrada a Operação Convescote. Hallan teve acordo de delação premiada homologado. 

Conforme o processo, Hallan é proprietário da empresa H.G DE Freitas-ME, que recebeu mais de R$ 778 mil que podem ter sido desviados dos convênios firmados entre órgãos públicos e a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faespe), da qual também é funcionário.

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A investigação do Gaeco mostra que a empresa de Hallan movimentou valor superior a R$ 1,5 milhão em conta no Sicoob. As movimentações foram efetuadas entre 23 de junho de 2015 e 27 de junho de 2016. Neste período, as maiores depositantes foram a Faespe e a Associação Plante Vida.

A Faespe depositou mais de R$ 778 mil na conta da empresa de Hallan, o que corresponde a 51% dos créditos, enquanto a Associação Plante Vida, quantia superior a R$ 596, 3 mil, ou 39% do total depositado. Os valores resultam de 113 movimentações financeiras.

Operação Convescote

A investigação do Gaeco apontam que integrantes da organização criminosa desviaram dinheiro dos cofres do Tribunal de Contas do Estado (TCE), da Assembleia Legislativa e da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Prefeitura de Rondonópolis, nos anos de 2015 e 2016, por meio de empresas de ‘fachada’, usadas pela Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faespe), alvo da Operação Convescote.

O grupo abria empresas fictícias com contas bancárias na Cooperativa de Crédito Sicoob, por meio das quais recebia recursos provenientes de contratos públicos. Todas as empresas investigadas tinham sempre a mesma atividade econômica: Serviços Combinados de Escritório e Apoio Administrativo.

Como as empresas eram dos próprios funcionários da fundação, parte dos recursos seguia para as empresas e o restante para os servidores que organizaram o esquema criminoso. O Gaeco ainda explicou que uma funcionária da Faespe atestava as notas fiscais dos supostos serviços e não um servidor público.

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