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18 de Agosto de 2017, 14h:50 - A | A

PODERES / APÓS ESCÂNDALO EM MT

CNJ manda tribunais informarem detalhes de pagamentos a magistrados

A determinação da presidente do CNJ ocorre após o escândalo envolvendo pagamentos vultosos a magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO



A presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministra Cármen Lúcia, assinou portaria nesta sexta-feira (18), determinando que todos os Tribunais de Justiça informem ao órgão os salários e pagamentos feitos a juízes e desembargadores de forma detalhada, discriminando, inclusive, os valores extras, como subsídios e verbas especiais.

Os tribunais terão dez dias para enviar ao CNJ cópias das folhas de pagamentos feitos aos magistrados dos meses de janeiro até agosto deste ano.

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A determinação da presidente do CNJ ocorre após o escândalo envolvendo pagamentos vultuosos a magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

Conforme a determinação de Cármen Lúcia, a partir de setembro, os documentos deverão ser enviados em até cinco dias após o pagamento, “para divulgação ampla aos cidadãos e controle dos órgãos competentes”, incluindo o próprio CNJ, órgão de controle do Judiciário.

A ministra ainda pretende instituir, em até 30 dias, uma plataforma que permita a divulgação dos vencimentos de todos os magistrados de forma detalhada, para que haja uma fiscalização online das informações.

No início deste mês, o juiz Mirko Vincenzo Giannotte, da 6ª Vara da Comarca de Sinop, a 503 km de Cuiabá, que recebeu R$ 503,9 mil em vencimentos.

Uma consulta ao Portal Transparência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) ainda apontou que 84 magistrados receberam, em julho, mais de R$ 100 mil cada, por conta de indenizações referentes a substituições de entrância entre 2005 a 2009.

O TJMT argumentou ter realizado os pagamentos com autorização do corregedor nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha. No entanto, ao tomar conhecimento de tais pagamentos, o corregedor afirmou que jamais autorizou a quitação de tais passivos e que a decisão, utilizada pelo Tribunal, se referia apenas ao caso da juíza que fez o pedido e tinha direito a receber pouco mais de R$ 29 mil.

Por conta da situação, Noronha determinou a abertura de Pedido de Providências para suspender qualquer pagamento de passivos aos magistrados até que os fatos sejam esclarecidos.

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