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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
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18 de Março de 2017, 13h:40 - A | A

PODERES / MAPA FAZ LEVANTAMENTO

Carnes adulteradas em esquema já foram vendidas ou retiradas, afirma Maggi

A conclusão do ministro da Agricultura é devido ao tempo que foi feita a fiscalização que resultou na Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal

DA REDAÇÃO



O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP) afirmou em entrevista à Rádio Jovem Pan, neste sábado (18), que os produtos fraudados por empresas, alvos da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, não devem mais estar nas prateleiras dos supermercados do país, porque pelo tempo da fiscalização, já foram adquiridos por consumidores ou recolhidos por vencimento.

"Se foi há 30 dias, não temos mais mercadoria nos frigoríficos nem nos supermercados", disse. "Nós estamos fazendo esse levantamento e temos a condição de saber exatamente de onde as mercadorias saíram e para onde elas foram", disse Maggi.

"Se foi há 30 dias, não temos mais mercadoria nos frigoríficos nem nos supermercados", disse. "Nós estamos fazendo esse levantamento e temos a condição de saber exatamente de onde as mercadorias saíram e para onde elas foram. Se estiver nas prateleiras, vamos retirar essas mercadorias, aliás as próprias empresas devem tomar essa decisão e fazer um recall", disse Maggi, em trecho da entrevista.

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O ministro voltou a defender que a carne comercializada no Brasil tem procedência confiável e fiscalização garantida, já que, segundo ele, este seria um fato isolado, que teria atingido apenas uma pequena porcentagem da produção.

A Operação da Polícia Federal revelou um esquema de fraudes em fiscalização, adulteração e venda de carne vencida, uso irregular de carne de porco e até de papelão na confecção de produtos alimentícios.

Blairo, porém , não nega que a situação perante o mercado externo é crítica. A União Europeia e outros países importadores já pediram esclarecimentos sobre o fato.

“Voltamos dez casinhas para trás", disse o ministro, ressaltando que "não será uma tarefa fácil" recuperar a imagem do Brasil no mercado internacional.

As ações na Ibovespa das gigantes JBS e BRF, envolvidas nas fraudes, caíram 10,59% e 7,25% respectivamente, uma perda bilionária de valor das empresas frigoríficas.

Neste domingo (19), Blairo tem uma reunião com o presidente Michel Temer (PMDB), na qual deve apresentar possíveis saídas para minimizar a crise causada pela situação.

Na próxima segunda (20), a reunião será com membros do ministério da Agricultura e representantes europeus do mercado da carne, para repassar as ações definidas.

 

"Vamos ter que conversar com os mercados, com as agências reguladoras de fora e mostrar mais uma vez que eles são firmes. Temos que nos disponibilizar para que eles venham para o Brasil novamente checar aquilo que nós temos", aguarda Maggi. As reuniões tentarão "mostrar que o nosso sistema é um sistema forte", concluiu Maggi à Jovem Pan.

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