MARCIO CAMILO
THIAGO ANDRADE
O deputado Eduardo Botelho (DEM) foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa para o biênio 2019/2020, durante votação que ocorreu na manhã desta sexta-feira (1°), após a cerimônia de posse dos 24 parlamentares, no Teatro Zulmira Canavarros.
A reeleição do deputado já era dada como certa nos bastidores político, principalmente depois que a deputada Janaina Riva (MDB) – uma das mais influentes no Parlamento – aceitou compor a chapa do democrata, com o cargo de vice-presidente da Mesa Diretora.
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Também fazem parte da Mesa, os deputados João Batista (Pros), 2º vice-presidente; Max Russi (PSB), primeiro-secretário; Valdir Barranco (PT), 2º secretário; Valmir Moreto (PRB), 3º secretário; e Paulo Araújo (PP), o 4º secretário.
Vale destacar que essa composição sofreu uma alteração de última hora, pois, anteriormente, estavam confirmados na chapa os novatos Elizeu Nascimento (DC) e Silvio Favero (PSL).
Para a deputada Janaina Riva, a nova Mesa é de caráter “misto”, pois agrega quatro deputados experientes, que já atuaram em outras legislaturas, e três novatos de primeiro mandato.
A nova Mesa Diretora foi eleita por 20 votos favoráveis, 3 contra e uma abstenção. A votação ocorreu de forma nominal, em ordem alfabética e foi secreta.
Nas semanas que antecederam a eleição, os deputados novatos Ulisses Moraes (DC), Delegado Claudinei (PSL) e Xuxu Dal Molin (PSC) ameaçaram compor uma chapa de oposição ao grupo de Botelho. Mas eles recuaram por falta de apoio dos demais parlamentares.
Ulisses – ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL) – chegou a declarar em suas redes sociais que preferia ficar sozinho politicamente no Parlamento, mas não mudaria seus ideais para votar na chapa encabeçada por Botelho, que, segundo ele, é composta por pessoas suspeitas de ter participado de organização criminosa. Ele entende que o povo “quer mudanças” substanciais na Assembleia.
Ele também entrou com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça de Mato Grosso pedindo que a votação da Mesa fosse aberta, porém, o recurso foi negado pela desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos.
A magistrada salientou que a ação de Ulisses não tinha legitimidade, já que ele ingressou com a medida quando ainda era deputado diplomado, ou seja, sem exercer a atividade parlamentar.