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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
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19 de Agosto de 2018, 07h:55 - A | A

OPINIÃO / MARCELO FERRAZ

Oligarquia X Taques

Não é à toa que a maioria está deliberadamente babando de raiva contra ele.



Ninguém pode negar que no atual governo estadual teve sim alguns fatos suspeitos de corrupção, que por sua vez, estão sendo investigados e até processados, como no caso do Detran, da Seduc, Sema e nos desvios de finalidades dos Fundos do Estado, bem como na interminável discussão sobre quem deve ou não receber os incentivos fiscais.

Também é discutível o caso da "grampolândia", já que essas práticas do Estado de Exceção foram supostamente praticadas por alguns específicos militares para fins políticos e até pessoais. No entanto, parece-me que as laranjas pobres já estão sendo retiradas da sacola, tendo, inclusive, que enfrentar os respectivos processos perante à Justiça. Agora se vão ser ou não rigorosamente punidos? Cabe a própria Justiça registrar isso na História de Mato Grosso.

Apesar de tudo, até o momento, nada foi confirmado por uma testemunha ocular, por algum documento ou áudio-vídeo; que possa incriminar o atual governador de que ele tenha participado diretamente de casos de corrupção. Não existe sequer indícios de autoria e materialidade de algum crime, ou mesmo suposições objetivas, atestando que o mesmo recebeu algum benefício ilícito seja lá de quem for, de tal modo como aconteceu nitidamente no caso do presidente Michel Temer (MDB).

Pelo que consta, para fins de registros legais, o atual governador continua com um patrimônio médio que qualquer servidor público também o teria. Porém, agora fazendo uma leitura política desse tabuleiro obscuro, para separar o joio do trigo, pois na política – mesmo diante de tanta corrupção generalizada, descréditos das instituições públicas, hipocrisia, demagogia e fisiologismo partidário – sempre existe um caminho mais honesto e ético para se optar.

E aqui cabe a parábola de “Sodoma e Gomorra” na qual “O Deus dos hebreus poupou a família de Abraão enviando dois anjos à casa de Ló, que ainda habitava na região a ser destruída, e assim o orienta a deixar a cidade, junto com sua família. E por não haver sequer dez homens justos na cidade, a cidade foi destruída”.

Da mesma forma, analisando com imparcialidade a história política de Mato Grosso, hoje o grupo formado para tentar derrubar a continuidade do governo atual é o mesmo que sempre usufruiu dos incentivos fiscais desregulados, da participação indiscriminada em obras públicas inacabadas, de cargos comissionados com salários estratosféricos e todo tido de privilégios na Administração Pública.

Está claríssimo que, ao virar a página do patrimonialismo (aquele que mistura o privado com o público) e retirar a presas vampirescas das artérias do Estado, Taques arrumou uma série de encrenca com os antigos coronéis da política.

Não é à toa que a maioria está deliberadamente babando de raiva contra ele. Perderam a boquinha tão lucrativa! Tiraram a "mamata" dos marajás! “Coitadinhos”! Dá até “pena” de ver empresários e políticos profissionais entrando em recuperação judicial, justamente, aqueles que perderam os benefícios mais polpudos do Estado.          

Contudo, o cidadão mato-grossense não é obrigado a escolher entre o representante dessa oligarquia dos antigos coronéis ou pelo atual governante. Ainda bem que existem outras opções.

Entretanto, atenção, para o bom entendedor, votar na chapa desses velhacos da política é colocar as raposas esfomeadas para cuidar do galinheiro, ou seja, voltar para o passado de insegurança civil, fiscal e jurídica representa olhar para Sodoma e Gomorra... cidades estas que não restaram nenhum justo.

Marcelo Ferraz é jornalista e escritor.

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Ricardo Pereira 19/08/2018

E' melhor uma oligarquia seria, competente e trabalhadora, doque um governador preguicoso e mal criado com os servidores publicos e com a populacao como esse Pedro Taques. Bons tempo do Governo dos Campos, os 3 foram otimos: Frederico, Julio e Jaime.Tivemos progresso e respeito.

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Eleitor, servidor, cidadão 19/08/2018

Entendo, mas concordo parcialmente. PT ainda mantém alguns privilégios patrimonialistas não combatidos. VI para auditor, Secretários e adjuntos sem currículo mínimo, falta de organização orçamentária com preterição da ordem de pagamento (com critérios de escolha por vezes duvidosos), gastos com avião e outros desnecessários, uso do $ público para fazer campanha (está fazendo campanha durante o expediente, com o uso de guardas e veículos oficiais, pagos com $ público) enfim, várias ações de quem não trouxe nenhuma mudança para o sistema já posto.

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2 comentários

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