VALOR INVESTE
A riqueza pessoal dos brasileiros aumentou 7% no ano passado, cinco pontos percentuais acima da média global, e alcançou cerca de US$ 2 trilhões. Até 2023, a expectativa é que o ritmo fique mais em linha com o desempenho mundial, com crescimento acumulado composto da ordem de 6% ao ano, para a casa dos US$ 2,8 trilhões, segundo estimativas da Boston Consulting Group (BCG).
Na América Latina, a taxa prevista de expansão anual é de 8% para o intervalo até 2023. O Brasil tende a perder participação nesse bolo, saindo dos 39% atuais para 36%.
Os dados fazem parte de um recorte de Brasil disponibilizado pela consultoria para o Valor e que compôs o mapeamento de América Latina no relatório “Global Wealth 2019 - Reigniting Radical Growth”. A BCG colhe dados macro e ouve os maiores participantes do setor de gestão de recursos em diversos países para radiografar a riqueza financeira da população como um todo.
É importante notar que o estudo trata da riqueza total, e não mostra como foi o desempenho de dentro de cada camada social no Brasil entre 2017 e 2018.
Os números incluem a riqueza investida, tais como ações listadas, títulos de dívida, fundos de investimentos, moedas e depósitos, bem como a parcela não investida, que contempla seguros de vida, pensões, ações não listadas e outras formas de participações em empresas.
Segundo André Xavier, líder da área dedicada a instituições financeiras da BCG no Brasil, as projeções para o país são bastante conservadoras e não contemplam uma eventual aceleração do Produto Interno Bruto (PIB) caso a reforma da Previdência passe com potência fiscal significativa no Congresso, seguida por outras medidas que recoloquem a economia brasileira na rota da recuperação.