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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
25 de Abril de 2024

29 de Maio de 2015, 07h:30 - A | A

JUDICIÁRIO / EXECUÇÃO DE VEREADOR

Pistoleiros de Arcanjo depõem à Justiça em agosto; 'manobra' livra ex-bicheiro

Serão julgados os réus (ex-policiais militares), Célio Alves, Hércules Araújo Agostinho, José Barros da Costa e o comerciante Edmilson Pereira da Silva.

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



13 anos depois, o juiz da Primeira Vara Criminal de Várzea Grande, Otávio Vinicius Afif Peixoto, marcou para o dia 26 de agosto deste ano, às 14h, as oitivas de testemunhas, a audiência de instrução e o julgamento sobre a execução do vereador de Várzea Grande e na época, candidato a deputado estadual, Valdir Pereira.

Apesar de ser considerado o mandante do assassinato, o ex-bicheiro João Arcanjo, não será ouvido, devido a uma manobra da defesa 

Conforme a determinação publicada no Diário da Justiça, serão julgados os réus (ex-policiais militares), Célio Alves, Hércules Araújo Agostinho, José Barros da Costa e o comerciante Edmilson Pereira da Silva.

Apesar de ser considerado o mandante do assassinato, o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, que está em um presídio federal, de segurança máxima de Rondônia, não será ouvido. Já que a defesa dele pediu o reconhecimento do princípio de especialidade para o trancamento da ação penal, em relação ao réu.

A manobra tem o intuito de montar um obstáculo jurídico para a Justiça não conseguir processar o acusado, que foi preso em 2003, na cidade em Montividéu, no Uruguai.

Como Arcanjo foi extraditado para o Brasil, a defesa embasou no artigo 91, I, da Lei 6.815/81 (Estatuto do Estrangeiro), alegando que Arcanjo não pode ser processado por fatos anteriores ao pedido (de extradição).

O juiz Otávio solicitou a extensão do pedido de extradição à Suprema Corte Uruguaia, conforme já foi feito em outros processos que Arcanjo foi condenado.

No entanto, o juiz Otávio solicitou a extensão do pedido de extradição à Suprema Corte Uruguaia, conforme já foi feito em outros processos que Arcanjo foi condenado.

“Determino a requisição da extensão de extradição do réu para o processamento do crime apontando neste processo, devendo a Sra. Gesstora tomar as providências necessárias para que seja solicitada à extensão do pedido de extradição à Suprema Corte Uruguaia, conforme já deliberado em seus outros processos neste Estado, e consignado no acordão nº 3743”, determinou o magistrado.

Por fim, o juiz reiterou que não existe qualquer nulidade sobre os outros réus. Por isso, a audiência irá acontecer sem a presença de Arcanjo.

“E, em relação aos réus Hércule de Araújo Agostinho, Célio Alves de Souza, Edmilson Pereira de Souza, João Leite e José de Barros Costa, logo, já que não arguidas nulidades quaisquer, tampouco exceções, preliminares ou prejudiciais. Designo no dia 26 de agosto de 2015, às 14h, para audidênica de Instrução e Julgamento, com o comprimento do artigo 411, do CPP, com oitiva de todas as testemunhas presentes, independente da suspensão da audiência, observada em qualquer caso a ordem estabelecida no caput do referido artigo”, determinou.

A EXECUÇÃO

O Ex-bicheiro pagaria pelo serviço de pistolagem uma recompensa no valor de R$ 95 mil. O MPE informou que o motivo do crime pela disputa de pontos de exploração de jogos de azar.

Valdir foi executado a tiros no dia 7 de agosto de 2002, por volta das 22h40, na frente da casa dele, no bairro Jardim Glória II, em Várzea Grande.

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Célio, Hércules e José barros foram agenciados por João Leite, a mando de Arcanjo.

O ex-bicheiro pagaria pelo serviço de pistolagem uma recompensa no valor de R$ 95 mil. O MPE informou que o motivo do crime pela disputa de pontos de exploração de jogos de azar.

Célio, Hércules, José e João armaram uma emboscada. Edmilson é acusado de emprestar o carro utilizado na fuga, dos criminosos.

Valdir chegava em casa quando foi abordado pelos criminosos. A vítima morreu com tiros de escopeta calibre 12, que atingiram sua cabeça.

Dos cinco envolvidos no crime, José Barros e João Leite respondem o processo em liberdade. Já Hércules e Arcanjo estão presos em Rondônia. Célio Alves está na Penitenciária Central do Estado (PCE).

 

 

 

 

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