RAUL BRADOCK
DA REDAÇÂO
O Ministério Público Estadual de Mato Grosso (MPE) ofereceu a denúncia de uso de documentação falsa contra a médica Yana Fois Coelho Alvarenga. Ela é apontada como mandante do assassinato do prefeito de Colniza, Esvandir Antonio Mendes, em 15 de dezembro de 2017.
Conforme a denúncia, a médica apresentou falsos documentação para ocupar o posto de médica pediatra no Hospital André Maggi, em Colniza.
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Yana havia apresentado um certificado falso de conclusão de residência médica na especialidade de pediatria da Universidade de São Paulo (USP), Faculdade de Medicina.
“Ao ser questionada pela autoridade policial onde teria realizada sua residência, a médica respondeu que “na USP de São Paulo”, dados que foram negados pelo coordenador geral da Comissão de Residência Médica – Coreme da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, ao informar que “a médica Yana Fois Coelho Alvarenga, não consta em nossos registros de pós-graduação senso lato – Residência Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo”, consta na decisão.
Conforme o MP, a médica também confessou que atendeu no Hospital Municipal e nos lugares onde atuou, em suas consultas, assinava como pediatra.
A denúncia foi entregue à Justiça pelos crimes de uso de documento falso, falsidade ideológica com aumento de pena, crime continuado.
“[...] seja procedida a citação da denunciada, nos termos do rito do Código de Processo Penal, processada e, ao final, condenada, ouvindo-se oportunamente as testemunhas abaixo arroladas”, costa na decisão.
Assassinato de prefeito
Depoimentos dos envolvidos no assassinato do prefeito de Colniza, Esvandir Mendes, 61 anos, revelam que a médica Yana conhecia assassinos e mandou o marido os contratar no Estado de Goiás, além de ter dado todo suporte para a execução do crime em Mato Grosso.
No dia 15 de dezembro de 2017, o prefeito conduzia uma Toyota SW4 preta quando foi interceptado pelos criminosos, cerca de 7 quilômetros da entrada da cidade. O veículo foi ao encontro da caminhonete, momento que foram efetuados vários disparos contra o prefeito Esvandir que ainda conseguiu dirigir, mas morreu no perímetro urbano, na BR 174, esquina com a Rua 7 de Setembro. Outros dois disparos feriram o secretário Admilson Ferreira dos Santos, sendo um na perna esquerda e outro nas costas.
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