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Cuiabá, 25 de Abril de 2024
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18 de Dezembro de 2018, 10h:14 - A | A

GERAL / MAIS MÉDICOS EM MT

Metade dos inscritos não aparece para trabalhar; Prazo acaba hoje

Muitos profissionais desistiram quando descobriram que teriam que trabalhar em aldeias indígenas ou em cidades afastadas da Capital

MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO



Dos 132 médicos brasileiros que se inscreveram no programa Mais Médicos para atuar em Mato Grosso, apenas metade compareceu ao trabalho. Por conta disso, o prazo de homologação das vagas teve que ser prorrogado do dia 14 para esta terça-feira (18).

Conforme a coordenadora de Atenção Primária da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Regina Paula de Oliveira Amorim Costa, o adiamento é uma tentativa de preencher as 66 vagas onde houve as desistências, principalmente nos Distritos Sanitários Indígenas (Dsei’s) e nos municípios mais afastados da capital.

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Ela comentou que uma médica, inscrita para trabalhar no Dsei Cuiabá, entrou em contato para tirar dúvidas sobre o local. Ao saber que a sede do Dsei ficava na Capital, mas que o trabalho seria na aldeia, a profissional desistiu da vaga. Dentre os municípios que sofreram com desistências estão:  Água Boa, Luciara, Canarana, Nova Monte Verde, Nova Xavantina, Peixto de Azevedo, Pontes e Lacerda e Novo Santo Antônio. Para não trabalhar nesses locais os médicos alegaram falta de interesse, dificuldade de deslocamento e motivos pessoais.

Ao todo, das 35 vagas disponibilizadas para os distritos indígenas apenas quatro foram de fato homologadas e os médicos já estão atuando nas comunidades.

Regina explica que no momento há 66 vagas entre validadas e homologadas. Dessas, 57 foram homologadas - os médicos já começaram a trabalhar – e nove foram validadas, quando os profissionais já se apresentaram no município com a documentação necessária e podem iniciar os trabalhos a qualquer momento.

Quando o Governo Federal abriu o edital de preenchimento das vagas do Programa Mais Médicos em Mato Grosso, todas as 132 vagas foram preenchidas em tempo recorde.

As vagas foram abertas para preencher os postos de trabalho que foram deixados pelos médicos cubanos, após o Governo do país caribenho anunciar a saída do programa por causa das declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O futuro governante questionou a competência dos médicos estrangeiros para atuar no país e impôs novas regras ao acordo assinado durante o Governo Dilma Rousseff (PT).

Mato Grosso contava 258 médicos cadastrados no programa. Desses, 132 eram cubanos, ou seja, os profissionais atendiam um terço da população mato-grossense.

Fim do acordo 

No dia 14 de novembro, o Ministério da Saúde cubano divulgou nota afirmando que a saída do programa foi ocasionada pelos questionamentos do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) que colocavam em ‘cheque’ a qualificação dos cubanos. O projeto do presidente eleito era de modificar o acordo com Cuba, exigindo revalidação de diplomas no Brasil e contratação individual.

No texto, Cuba também chama de “inaceitáveis” as ameaças de alterações no termo de cooperação e diz que o povo brasileiro saberá a quem responsabilizar pelo fim do convênio.

À época, em sua conta no Twitter, Bolsonaro rebateu as críticas ao escrever que a maior parte dos salários dos médicos vai para o Governo Cubano.

"Condicionamos a continuidade do programa Mais Médicos à aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou", afirmou.

Veja a lista dos munícipios com médicos validados e homologados

RepórterMT/Assessoria

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